quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Covilhã - Mosteiro de Santa Maria da Estrela IX


     Continuamos a publicação de mais opiniões, documentos ou referências em documentos sobre o Mosteiro de Santa Maria da Estrela deixadas por Luiz Fernando Carvalho Dias.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa
 
Documentos que nomeiam Santa Maria da Estrela 

1) Lista de fichas da Torre do Tombo: 

Ano de 1221 - Mosteiro de Mazanaria Doação do concelho de Pena Sortelha
            gav. 1, m. 4, n. 22       (também se encontra no liv. 2º da Beira) 

Chancelaria de D. Sancho II - Convento de S. Maria da Estrela, carta e foro que devem pagar, os povoadores da herdade junto ao Rio Côa.
            Liv. 1º de D. Diniz, pag 26 vº   

Chancelaria de D. Afonso III - Câmara de Pena sortelha: Doação de uma herdade no dito lugar ao Convento de Maceira.
            Liv. 3º, pag 12   

Chancelaria de D. Diniz - Abade de S. Maria da Estrela: carta de foro que devem  pagar os povoadores da Herdade junto do Rio Côa.   
           Liv. 1º, fls 26 vº    

Chancelaria de D. Afonso IV - Álvaro - sentença dos tabeliães à Ordem de São João de Malta.
            Liv. 8 do Guadiana, fls 13 vº 

Chancelaria de D. Pedro I - Convento da Maceira da Estrela:
                        Carta de coutada da Ribeira do Zêzere e do Sanguinhal
            Liv. 1, fls 92    

 Chancelaria de D. Fernando - Convento de Maceira da Estrela:
                        Carta de coutada da Ribeira do Zêzere e o Sanguinhal
            Liv. 1, fls 127      

Chancelaria de D. João I - Convento de Maceira da Estrela: na Covilhã
                        Carta de confirmação de privilégios
            Liv. 2, fls 8 vº 

Chancelaria de D. João I - Convento de Maceira da Estrela: na Covilhã
                        Carta de coutadas as Ribeiras de Zêzere e Sanguinhal
            Liv. 3, fls 100 vº   

Chancelaria de D. João I - Covilhã: Carta de coutada da Ribeira de Zêzere e Sanguinhal ao Convento de Maceira da Estrela                    
            Liv. 3, fls100 vº     

Chancelaria de D. João I - Convento de Maceira da Estrela: na Covilhã
                        Carta para se não pouzar nas suas herdades e aldeias
            Liv. 3º, fls 101 vº 

Chancelaria de D. Afonso V - Convento de S. Maria da Estrela:na Covilhã
                        Carta de protecção Real
            Liv. 34, fls 127 

Chancelaria de D. Afonso V - Convento de S. Maria da Estrela, na Covilhã.
                        Carta de protecção Real
            Liv. 4 da Beira, fls 80 vº
                        ( nota : Não existe o livro 4º da Beira )  

Chancelaria de D. Afonso V - Convento de Mazanaria: Herdade no termo de                                    Penasortelha, doação dela ao Convento de Mazanaria.
            Liv. 2º de além Douro, fls 184    

 Chancelaria de D. Afonso V - Convento de S. Maria da Estrela, na Covilhã
                        Carta sobre o pedir das esmolas e arrecadação dellas
            Liv. 2º da Beira, fls 57 ; idem Liv. 4, fls 57  

Chancelaria de D. Afonso V - Convento de S. Maria da Estrela, na Covilhã:
                        Carta de privilégios a seus lavradores
            Liv. 2 da Beira, fls 16 

Chancelaria de D. João II - Convento de Mazanaria: Doação de herdade na Sortelha
            Liv. 2º da Beira, fls 324  

2) Memória do Convento de Santa Maria da Estrela:
Dois documentos de Alcobaça - livros dourados 

1º - Testamento de D. Afonso III (Era de 1309)
- Nele D. Afonso III deixa 100 libras ao Mosteiro de Maceira da Covilhã  

“Testamento del Rey D. Affonso III. In nomine sanctae, & individuae Trinitatis Patris & Filij, & Spiritus Sancti Amen. Ego Alphonsus Dei gratia Rex Portug. & Algarbij timen diem mortis meae, & considerans districtum judicium Jesu Christi, integro judicio, & compos mentis meae, & in mea salute facio testamentum meum, ut Dominus propitietur animae meae, & non consideret peccata mea, quibus offendi eum multipliciter , & et in multis , sed respiciat ad suam magnam misericordiam, et recipiat animam meu in die mortis meae. Imprimis mando corpus meum sepeliri in Monasterio Alcobaciae, in domo illa im qua jacent pater meus, & mater mea, & mando ibi cum corpore meo tria millia librarum ad construendum claustrum ejusdem Monasterij, & non expendantur in alijs. Item mando quod omnia debita mea, & omnes meae malefactoriae, & omnes injuriae quas ego feci. & mandavit fieri, & quas homines mei fecerunt ratione mei, persolvantur, & emendentur, & corrigantur, & integrentur. Idê quod executores testamenti mei viderint pro bono, & pro directo, & pro salute animae meae. Item mando .......................Item Monast. de Maceira de Covelliana 100. libras .............................
Actum fuit hoc Ulixb. ix. Cal. Decembris Rege mandante. Jacobus Joannis notavit, Era M.CCC. nona. (1) 

2º- Documento da arrecadação das esmolas para a guerra pontifical (1329)  

O Abade de Maceira dão foi nomeado pelo D. Abade de Alcobaça D. fr. Estêvão Paes, como subcolleitor para melhor expediente e mais pronta arrecadaçaõ do subsídio para os gastos da guerra pontifical.
“Stefanus Abbas de monasterii de Alcobaça  Smi Patris ac Dñi Domini Joannis Pappae xxii Nutius a Sede Apostolica deputatus. Dilecto sibi in Christo Coabbati suo monasterii de Macenaria Visencis dioceSis, sui vices ejus tenenti salutem, et mandatis apostolicis firmiter obediere. No veritis nos praedicti Smi patris literas cum vera sua bulla in fino canapis bullatas non viciatas, non rasas, non cancelatas, non abolitas, non in aliqua sui parte suspectas, ut prima facie apparebat, cum reverentia, qua decuit, recepisse, tenorem hujusmodi continentes; Joannes Episcopusn Servus, etc. igitur considerantes praedicta, et omnimo neglegentiam respuentes, quia magnis, et arduis negotiis nostri monasterii praepediti non possumus ad exequendum praedicta personaliter comonde interesse; vobis, de cujus circunspectiona, ac fidelitate fiduciam gerimus pleniorem, cuilibet vestrum auctoritate apostolica, sub poena excomunicationis, quam ipso facto vos incurrere volumus, si mandatis nostris, immo verius apostolicis, in hac parte neglexeritis, aut nolueritis obedire, praecipimus, et mandamus quaternis sine morosae dilationis obstaculo Abbates, Celararios et Bursarios monasteriorum de S. Christophoro, ac de Maceneria, ac Stella prope Cubilianam nostri ordinis in regno Portugalliae consistentium, ac vices tenentes eorundem, ex parte nostra, immo verius apostolica, monetis, ac requiratis, ut infra quindenam a Die publicationis praesentium literarum ipsis factae suam deuidiam decimam secumdum quod solvere consueverunt qundo a sede Apostolica, etc.
Datis apud nostrum monasterium de Alcobaça 13 Decembris anno Domini 1329”. (2) 

Nota dos editores - 1)Ver testamento completo em “Provas da História Geneológica da Casa Real Portuguesa, de D. António Caetano de Sousa,  Tomo I, do Livro I, pag 69, Nova Edição Revista por M. Lopes de Almeida, professor da Universidade de Coimbra e César Pegado, 1º Bibliotecário da Biblioteca da Universidade, Coimbra, Atlântida Livraria Editora, MCMXLVI. 

Fontes 1) Está no Archivo Real da Torre do Tombo, no Liv. I. dos Reys, pag. 79, donde o tirey e o traz Brandão na Quarta Parte da Monarchia Lusitana, pag 284”.
 2) Alcobaça Ilustrada de Fr. Manuel dos Santos, pag 164, Coimbra 1710.

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