terça-feira, 8 de outubro de 2019

Covilhã - O Tombo dos Limites do Concelho na 1ª metade do século XVI - VII

Luiz Fernando Carvalho Dias deixou-nos no seu espólio reflexões muito interessantes sobre os limites do concelho da Covilhã, bem como a cópia do tombo mandado fazer pelo Infante D. Luiz.



 "O alvará do Infante manda fazer nova demarcação dos termos do concelho por estarem os ditos mal demarcados e por vezes os marcos e malhões danificados. Manda também o Infante que nos anos seguintes se visitem os marcos e malhões a fim de verificar se houve alguma mudança e esta ser devidamente corrigida.           
O alvará referido é datado de Évora, de 23 de Dezembro de 1532 e antecede o tombo das demarcações.
            Neste tempo o lugar mais fundeiro do concelho da Covilhã era a aldeia de Cambas, e a demarcação dos limites do concelho ia pela cabeça do baraçal, águas vertentes e day direito à selada do val derradeiro e day direito à selada do corenhal águas vertentes - e daí direito à selada do pretelinho e day direito ao penedo alto águas vertentes e day direito a S. Domingos e day ao cabo dos penedos águas vertentes, e day direito às seladas e das seladas direito sobre as mestas e daí se vai direito à selada do machial e daí direito à cabeça gorda.
Alvaro    Cambas - Orvalho  Silvares e Bogas de Cima   Aldeia Nova do Cabo
Oleiros
Sarzedas   Janeiro de Cima    Folques           S. Vicente                    Souto da Casa
                     Unhais-o-Velho Pampilhosa
Erada - Serra                                      Alcaide                        Alcaide com Castelo Novo
(Paúl)                                               Capinha                                  com Penamacor
Casegas e Cebola  Folques     Penamacor
                                                                                    Alvoco
            Neste demarcam-se sucessivamente os limites das freguesias da Covilhã com os termos de Alvoco, Folques, Pampilhosa, Álvaro, Oleiros, Sarzedas, S. Vicente, Castelo Novo, Penamacor, Sortelha, Caria, Belmonte, Valhelhas e Manteigas.
            Estas demarcações começam em 1533, sendo juiz pela Ordenação e vereador mais velho Gonçalo Pais de Castelo Branco e vereadores Nuno Matela e Antº Nunes e procurador do concelho Fernã dafonseca e escrivão da Câmara fernamcarvalho. As demarcações são concisas e perfeitas: indicam-nos os lugares onde os malhões, os marcos e as cruzes se encontram; dão-nos a toponímia que deve remontar a eras muito antigas, e como as testemunhas que depõem andam sempre à volta dos setenta a oitenta anos, autoriza-nos a concluir que estas demarcações foram em parte as dos primeiros séculos da nossa história e na outra parte o resultado da formação dos concelhos de que a Covilhã foi, territorialmente, origem.
            Como o tombo é escrito em vários anos e regista rectificações de limites, sucede indicarem-se nele por vezes vários magistrados - Por exemplo às demarcações de 1534 preside o Licº Simão de Pina - juiz de fora com alçada pelo Infante; Jorge Soares e Bastião Mendez, escudeiros e vereadores e Pero Pacheco, procurador do concelho, outras vezes aparece entre os vereadores Fernão d’ anes escudeiro, cujo nome encontraremos mais adiante.
            O tombo dá-nos também notícia de várias capelas existentes na zona fronteiriça do concelho, notícia de povoações arrasadas, lugares por onde eram cortados os caminhos velhos, indicação de sepulturas, etc...
            Por aqui se pode fazer uma pequena ideia dos subsídios que dá para a história da região.
            Oferece-nos também um quadro curioso das magistraturas nas aldeias do termo - indicando os nomes humildes dos juízes de cada uma delas, de toda essa gente autenticamente portuguesa, coeva desse período extraordinário da nossa história que vai do meado de quatrocentos ao último quartel de quinhentos." (1)

  
Concelho da Covilhã
Concelho do Fundão


Concelho da Guarda

Fotografia de o álvara de D. Luiz

Eu o Infante dõ luiz ẽt faço saber a vos juiz vereadores p.dor e / oficiaes da camara da minha vila de Couilhãa que ora sois / e ao diante forẽ que eu sam imformado que os termos desa / vila estam mall demarcados cõ os vezinhos comarquãos e / que em algũas partes estaã deneficados e esto por nõ / serem vizytados cada anño como he rezão e se costuma / fazer ẽ outrª  ‘ partes polo quall vos mando que daquy / em diante em cada hũ anno nos t֮pos em que se soer fazer / vades em pessoa prover todas as demarquaçõis do termo desa / vila cõ as vilas e lugares comarquãos e vejaes se estã como / devẽ e domde devem estar e os fazer hy cõservar ‘ e achando / que estam mall asentados e Repairados do que he  neceSario / ou tirados os marquos donde devã destar ou mudados p.ª / outra parte em prejuizo dos termos desa vila ‘ fareis tudo / tornar a restetuyr Ao ponto e estado em que dantes estavã / p.º quanto sam emformado que se nõ faz como deve o ̆q ey por / mall feito por ser ysto cousa que a vosos carregos m.tº couẽ vigiar / porẽ vos mando que asy o cumpreis Inteiramente sob pena de / cada vez  ̆q em cada hũ  anño se asy nõ fizer pagarẽ os ditos oficiaes trynta cruzados douro ametade p.ª os cativos / e a outra metade pa.ªs obras desa dita villa. I e esto se re/gistará no liv.º da cam.rª dela e mãdo ao stpvã da dita cam.rª / que em cada hũ anno na emtrada delo o provy  ̆q aos juiz / e vereadores e p.dor e ponha a provycacã nas costas deste alvarª / e no liv.º da p̆meira vereação I por  ̆q nõ aleguẽ Inorãcia / e esto sob pena do ap֮vaçã de seu oficio I  esto se guar/dara posto que nõ passe pla chancelarya I luiS glz o fez / ẽ evora a xxiij di de dz.ro de j bc xxxij


a)     Ifn Dõ luiz

(notificação do alvará) Segue:


Foi notifjcado deste all.rª do Iff dõ / luys noso Sõr a n.º matella e Gaspar / da costa .... symão glz vereadores / o p sente ano de j bc Rb p my֮ Lço Nog.rª /  ̆q hora syrvo despvão da cam.rª aos sỹquo djas do mes de JanJº do dito anno de j bc Rb sẽdo psente o L.do p.º gaspar pºp.dor do c.º L.ço nog.ra o espvy.



Mapa (notas 2 e 3)
Continuação:



(f. 60)
Auto de delige֮ncia q֮ se fez / sobre a demarcaçam do limite do / Salgueiro cõ …… o termo de penama/quor

ano do nacim.to de noso snõr Jhũ Xp֮o / de mil e quinhentos e corenta e cimquo / anos aos sete dias do mês de Ja/neyro do dito ano e֮ a vila de covy/lhã nas pousadas do doutor Fr.co / lopes juiz de fora cõ alçada na dita / vila e seus termos p.º o Ifante dom / luiz noso snõr logo o dito juiz / mandou chamar t.am que fizesse este / auto em como lhe era denunciado / plo juiz do lugar descarigo e֮ como / os moradores de penama/cor e seu termo …………………………………………………………………/ ditos lugares e puseram malhois / onde nunca estiveram e֮ tp֮o …. plo / termo desta vila e …. desfi/zeram allguns que antigamente eram / feitos plo que loguo o dto juiz mã/dou ao dito juiz descarigo que fose / fazer a dita demarcação aos vere/adores da dita vila e eu xristovão gall/vão o escrevy //

(f. 60 v)

e depois disto aos oito dias do / mês de Jan.ro de mil e quinhen/tos e corenta e cimquo anos no / luguar descarigo estando / em ele o dito juiz e bem asi gaspar / da costa e n.º matela cava/ leiros e vereadores na dita vila / e o l.do João gaspar pp.dor do concelho da / dita vila logo p eles ditos / oficiaes foy mandado ao juiz / do dito luguar fr.co anes e a p.º mi֮z/ outrosy juiz do lugar desca/rigo que eles apurassem os homens / mais antiguos do dito luguar que / mais resois tivesem de saber / das demarcações dos termos / dantre a dita vila e a de pena/macor ao que por satisfazer sen/do todos juntos o dito juiz e o/ficiais cõ hos antigos do dito / luguar se foram ao dito (?) sam de/niz homde o dito juiz deu juramento / sobre os samtos avangelhos / .N. … roiz o velho e a p.º alz o velho / do prado e alv.º glz֮ e ant.º a.º / e In.º vaz descarigo e ant.º L.ço / todos lavradores moradores nos / ditos lugares e outros //

(f. 61)

m.ores mais antigos d’ descariguo do ql / lhes mandou que mostrasem os  ma/lhões antiguos p que esta vila e ter/mo estavã de pose do amtiguo / tpo a esta parte I e eles o promete/rão asi fazer I e logo lhe mostra/ram tres cruzes diguo duas .N. em cada quina das costas da dita / ermida ……………………………………/………………………….. as quais diseram / que sempre ali as souberam … / acima da dita igreja digo no vale/homdo estava hũ malhão antiguo / a charão a lagea das pedras deRi/badas o qual logo mandaram Rie/dificar e asi acharão logo acima / na bamda de hũ mato digo no te.. ….. … ….. alto de sam deniz / deicharão ho malhão antiguo fto e cõ/certado como damtigamente sempre / estava e asi acharam outros mais / adeamte antre o porto do Ribr.º do / vale do caSal do porto cimeyro / ….. no cimo do vall do casall o / ql estava pe direito do dito porto …. / no cimo do dito vale o qual malhão / outrosy acharã ……………….. / tanto do dito malhão  ……. / loguo mandarão ……………………………./ no chão I e logo lhe foram mostrar / outro malhão que esta no cimo do / vale da sãnta cruz omde estavã //

(f. 61 v)

dous malhões ……………………………………..to do cami/nho de cima e outro de baixo e o ca/minho plo …. I e logo mais adiante / mostram outro malhão que hé ha pe/dra viva do seixo cõ outras pedras / ao ridor onde fizerão duas cruzes / no chão cõ enxadoes I  e bem asi / mais abaixo no m.º da lomba pouco mais / ou menos da lomba que está no vale / de me֮trasto e֮tre a serra de san/ta marta do cabo dalem dos / Restolhos lhe mostrarã outro / marquo e malhão algum tanto de/nificado I e logo junto do vale / ….. da dita lomba lhe mostra/rão outro malhão antiguo omde / estava hũa pedra comprida com / outras pedras ao redor I e logo junto / da Ribeira no restolho junto do ri/b.ro do val do me֮trasto na cima/da do dito vale do mentrasto acha/ram outro malhão com as pedras / deribadas o qual tornaram a jun/tar e fizerão cõ as outras …. e lo/guo passando o dito ribeiro ………   …….      ……………. / se achou outro malhão antiguo omde Fi/zeram outra cruz ……………   / …….. e logo mais adiante / na lomba que está antre o vall do / mentrasto e o Rib.º da Fer.ª outr / malhão na borda da estra/da digo do caminho que vay dos //


(f. 62)

…………. p.ª os pardieyros de Fer.ª e asi / e logo mais adiante no caminho de / Ferreira do ribeiro da fr.ª onde está hũ / carvalho groso na borda da dita / Ribeira onde estava hũ malhão / ao pé do dito carvalho antiguo / e logo adiante desto no valle da / estrada no lameyro à borda da / estrada acharã outro malhão / que estava cavado ao Redor o qll / redificaram e logo d.to pla com/tinuaçam dos ditos malhões e vi/rã estar sobre os pardyeiros / de Fer.ª e tere֮ os ditos pardieyros / ………. hũ malhã/ no alto antiguo I os quais malhões / todos puseram e fizeram cruzes / no chão e os sobreditos  todos / cõ outros muitos do lugar q֮ outro/si ouverão juram.to diseram q֮ os ditos / malhões como atraz faz me֮ção / eles os sabião sempre des que ha / que se sabiam estarem nos ditos / lugares sem nenhuma mudança / e asi diseram q֮ de seus antepassa/dos souberam as ditas demar/cações e divisões do dito termo / e que sempre por eles jurarão I e por / isto todo pasar e֮ verdade eles / ditos juiz e oficiaes mãdaram / fazer este auto e o asinarão / cõ os sobreditos e be֮ asi mã//

(f. 62 v)

darão a L.ço Nogr.ª publico t.am na dita / vila e bem asi a testã /do …… e a xptovam galvão e a / my t.am tabaliões do judiciall / em esta vila que a todo fomos / presentes e desemos nosa fe e do / conteudo no auto I em compremento / do qual dizemos e damos nosas / fées todo o sobredito conteudo / neste auto pasar asi na verda/de …………………………… asinamos / aqui de nosos sinais …… / q֮ tall …. e eu dominguos glz֮ / …………………………………../

                (assinaturas)

a) Gaspar da Costa    a) Nuno matella    a) ilegível

a) Petrus     a) L.ço Nog.ra        a) ilegível


Aos treze dias do mês de Ju/nho de mil e quinhentos e core֮/ta e cinco…..

/ idem

/ idem

/ idem

/ idem

/ idem

/ idem

/ idem

/ idem                                   escrivão //


(f. 63)

// lhe foy provisado esta pro/visam do Imfamte noso / snõr sobre as demarca/ções dos termos p.ª a ve/rem de cumprir diseram / que a cõpryryam loguo / eu fernã carvalho ho / esprevy.

(f. 63 v)

(f. 64)

Auto da demarquaçã dos termos / da vila de Covilhã do ano de / mill e quinhentos e cymquenta / e hũ anos /



Ano do nacym.to de noso sr Jhũ Xpõ / de mill e quynhentos e cinquenta / e hũ anos ao p dia do mês / de dez.ro Em ho llugar de caria / termo da vila de Covilhã estãn/do hy ho l.do Fr.co dafomsequa / juiz de fora cõ allçada e֮ / a dyta villa e termo p.or ell / Rey e Infante dom Luiz nossos / senhores fazendo se a demarcacam no dito / lluguar como he de costume / e semdo houtro sy hy presentes n.º / matella vereador e ho L.do p.º guaspar / pp.or do c.º da dita vjlla fizerão / pregunta aos juizes do d.to llu/guar de carya se hos marquos / e malhoes p homde partem hos ter/mos estavão em seu lluguar / he avia nelles duvjda al/gũa em que fosse necessaryo //

(f. 64 v)

prover p ho irem fazer p suas proprias / pessoas e p eles ditos juizes foy dito / que nõm porque todos os ditos marquos / e malhões estavam e֮m seus lu/gares como dantiguamente / soyam estar / e q֮ nelles nã avya duujda algũa nem / mudança nem quem hos movesse …/… sempre estavam . e  lloguo / no dito dia o dto juiz cõ hos / ditos hoficiaes foy ao lugar / descarigo onde andaram a / juntar hos juizes do dto lluguar / e do salgueiro aos quais fizeram / as preguntas sobreditas sobre / os ditos termos e malhões e / p eles foy dito que todos os mar/quos e malhões ãtiguos / p homde se dyvydem hos / termos da dta vila cõ has vilas comãrquãs todos / estavam em seu lugar / onde sempre estiveram sem / neles aver mudança nem duvi/da algũma ne֮ que֮ a mo/vesse sóm.te no malhão de fereira que está na estrada / em hũa lameyra hom/de se quebrou ho marquo e //

(f. 65)

malhão porque se dividia ho ter/mo da dita vila de Covilhã / cõ a vila de penamaquor / e loguo ho sobdito juiz cõ hos / ditos oficiaes e os ditos juizes / e hõmens antiguos dos ditos / lugares d’escarigo e sal/gueiro comigo t.am e cõ ho / meyrinho francisco vaz da dita / vila foram ao dito malhão / da fereira homde acharam hũ / marquo de pedra soterado / que nõ parecia nada dele / e mandaram descobrir p.ª fazer nele hũa cruz p que todos / ho vissem e soubessem p / homde partiam hos ditos termos / e asy mais acharam fc֮as junto / do dito malhão duas cruSes / ffc֮as cõ Em cada villa ………….mj.ª – ss. hũa da banda direita / e houtra da banda hesquerda / as quais estavam feitas pp.ª / ………..dos / ditos termos e ele dito juiz e / hoficiaes hos mandarão ally֮/paar e Rinovar continuando //

(f. 65 v)

sua pose e q֮ d’antiguamente / estavão e p pender sobre a / dita demarcaçam demanda / nõ inovaram nem mandaram pôr / marquos novos mais que avy/varem e diseram te֮ as ditas / demarcações como dantes / estavam feitas e demarqua/dos e a isto foram presentes hos / sobreditos e asy mais a.º vaz / homem antiguo de hidade de seten/ta anos e Joham a.º home֮ outro/sy antiguo e fernã d’alvres … / ………… e dominguos glz֮ e / gaspar llopes e domy֮guos / Lourenço e bertolameu …… / ….. .. do val do lobo e / hos acima ditos som moradores / no dito lluguar descarigo / e quitã e salgr.º e asy p.º / antã sendo morador no lu/gar de prados de li/nhares termo de linhares / hos quais todos diseram qũe / sabiam dantigamente p.º ali / partirem e demarquarem hos / ditos termos e ho dito juiz he hos ditos hoficiaes mã//

(f. 66)

daram de tudo fazer este auto e o asinaram e eu Joam de matos t.am ho escrevi.

                   (assinaturas)

a) Petrus       a) nunno matela                      a) fonSeca


Depois disto aos tres dias dito mêz de dezembro do dito ano / de mil e quinhentos e cin/coenta e hũ anos Em / ho lugar da quapinha ter/mo da dita vila estamdo / hi ho dito juiz hos ditos hofi/ciaes estando houtrosy hy / presentes a mor parte dos moradores / do dito luguar ho dito juiz / deu juramento dos samtos avan/gelhos aos mais amtiguos / home֮s do dito luguar . N. / a dominguos miz e ant.º di֮z e a / dominguos piz e a Joam alvrez / e a outros todos moradores no dito / luguar e que pelo dito jura/mento diseram se hos marquos ã/tiguos p.º homde se demarquãm //


(f. 66 v)

hos termos da dita vila cõ a / vila de penamacôr es/tavam em seu luguar asy / como d’amtiguamente soyam / destar e p todos foy dito que hos / ditos marquos e malhões esta/vam por onde sempre estiveram / sem aver …………. algum / neles e ho dito juiz e oficiaes / mandarom fazer este auto e ho / asinaram Joam de matos t.am / ho escrevi.

                        (assinaturas)

E loguo no dito dia ho dito / juiz cõ hos ditos oficiaes vieram / ao lugar da fatela termo / da dita vila e fizeram de/crarações sobre os marquos e / malhões dos termos e acharam / estarem p homde sempre estiveram / sem mudarem nenhum e eu //

(f. 67)

Joham de matos tab.am ho escrevi / e eles ditos oficiaes o sinaram

                      (assinaturas)

E logo no dito dia mez e a/no atraz decrarado trez dias do / dito mês de dez.ro do dito ano / de mil e quinhentos e cinco/enta e hũ anos no lugar / daldeia do alcayde sendo / hy juntos hos ditos juiz e hofici/aes e asy hos juizes e vereadores / e p.dor e almotacé do dito / luguar fizeram os sobre/ditos ……………………….. sobre as demarcações e termos / e acharam p.º verdadeira en/formaçam que hos marquos e / malhões antiguos estavam / por onde sempre estiveram so/mente no luguar honde pende //

(f. 67 v)

demanda com a vila de Castelo / novo sobre que se diz ser dada sentença / pello quall ele dito juiz e vereadores / não quiseram ……………../ algũ p.º asy pender leyti/jo até se determinar a sentença / final m.te e de todo mandou / me fazer este auto e ho asi/naram Joam de matos t.am ho escrevy.

                (assinaturas)//

(Continua)

Notas dos editores: 

1)https://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.com/2011/12/covilha-o-alfoz-ou-o-termo-desde-o.html
2) Pode encontrar no mapa alguns lugares referidos no texto.
3) No mapa mencionado(2) encontra na cor castanha alguns dos lugares mencionados. 

As Publicações do Blogue:

Estatística baseada na lista dos sentenciados na Inquisição publicada neste blogue:

Sobre as demarcações do concelho:

https://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.com/2019/08/covilha-o-tmbo-dos-limites-do-concelho.html
https://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.com/2019/06/covilha-o-tombo-dos-limites-do-concelho.html
https://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.com/2019/05/covilha-o-tombo-dos-limites-do-concelho.html
https://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.com/2019/02/covilha-o-tombo-dos-limites-do-concelho.htmlhttps://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.com/2019/01/covilha-o-tombo-dos-limites-do-concelho.html