segunda-feira, 25 de março de 2013

Covilhã - Culto Mariano


    Estamos na época da Páscoa e como encontrámos uns apontamentos de Luiz Fernando Carvalho Dias sobre o culto mariano, onde se faz referência a duas Nossa Senhora das Dores na região da Covilhã, decidimos fazer uma publicação com este tema.
     Se quisermos estudar Maria, devemos fazê-lo através dos Evangelhos. É muito curioso percebermos o seu papel como Mãe de Jesus, quer enquanto criança, quer na vida pública e sobretudo no Calvário.
     O culto mariano é muito antigo, embora seja posterior ao de Cristo e ao dos santos, por haver o perigo de se confundir com o das deusas romanas.
     Em Portugal (Terra de Santa Maria) o culto a Nossa Senhora perde-se nos tempos, vindo da época da Reconquista. O papel da ordem de Cister (Alcobaça) no espalhar deste culto foi considerável. As armas heráldicas de castelos e cidades ostentam Nossa Senhora e por isso no século XVIII Portugal foi denominado Santuário Mariano; supomos que daí venha o título destes apontamentos. No século XIX havia uma percentagem imensa de freguesias que tinham Maria como sua padroeira: no distrito da Guarda – 41,2%; no de Castelo Branco – 36%. A presença de Maria na arte e na literatura portuguesa é extensa. Encontramo-la, designadamente, no Cancioneiro Geral, em Camões, Almeida Garrett, Vitorino Nemésio, Ruy Belo, Sebastião da Gama.
     As romarias e peregrinações, as confrarias e misericórdias, as congregações, os círios tiveram um papel de relevo na expansão deste culto. Os reis fomentaram das mais variadas maneiras esta religiosidade. Lembremos D. João IV que em Vila Viçosa, em 1646, consagrou Portugal a Nossa Senhora, entregando-lhe a sua coroa. Nunca mais os reis portugueses usaram coroa. A defesa do privilégio de Imaculada Conceição começa com D. Duarte e mantém-se ao longo dos séculos. Terminamos lembrando Fátima, cujo 1º centenário das aparições se comemora em 2017.(1)
     Vejamos os apontamentos de Luiz Fernando Carvalho Dias: 

Santuário Mariano 

Supomos que o investigador terá pesquisado esta obra de três volumes: Padre António de Vasconcellos autor de “Descriptione Regni Lusitaniae”
 
Nossa Senhora das Cabeças em Orjais – Senhora de meio corpo, pag 99, vol III
 
Nossa Senhora dos Carneiros de Aldeia do Souto, de madeira e 3 palmos, pag 127, Vol III (mulheres de partos perigosos e das que não têm leite).
 
Nossa Senhora da Conceição do Convento de S. Francisco da Covilhã, pag 114, vol III.
 
Nossa Senhora da Estrela de Marvão (S. Francisco) pag. 371, vol III
 
Nossa Senhora da Estrela de Monte Minhoto (Cernache) pag 425, vol III
 
Nossa Senhora do Fastio, termo da Covilhã, Fatela, pag 117, Vol III
 
O Convento de S. Francisco da Covilhã se há obrigado somente à defesa da Conceição de Maria.
A Imagem de Roca e de vestidos com as mãos levantadas, é de seis palmos, de grande fermosura, é a imagem e a capela do Padroado do Visconde de Barbacena, instituída por Diogo de Castro do Rio. Cantam os frades todos os sábados missa e na tarde ladainha com grande solenidade. Diz que deve ter sido obrada em Lisboa com outra de igreja de que o mesmo era padroeiro.

Procissão de Nossa Senhora das Dores do Paul, nos dias de hoje
 Esboço dum artigo sobre as invocações de Nossa Senhora e o folclore mariano da Covilhã

Nossa Senhora do Castelo ou Roque Amador

Nossa Senhora da Conceição

Nossa Senhora da Saúde (S. Silvestre)

Nossa Senhora da Boa Morte

Nossa Senhora do Rosário

Nossa Senhora do Parto

Nossa Senhora de La Salette

Nossa Senhora das Dores da Covilhã e do Paul

Coração de Maria do Ferro

Nossa Senhora do Carmo do Teixoso

Nossa Senhora da Estrela da Boidobra

Nossa Senhora da Esperança de Belmonte

Nossa Senhora do Seixo do Fundão

Nossa Senhora da Póvoa de Vale de Lobo

Nossa Senhora do Desterro de S. Romão

Nossa Senhora do Refúgio

Nossa Senhora da Oliveira do Tortozendo 

Bibliografia – 1)Enciclopédia Verbo Luso-brasileira de Cultura, edição século XXI, volume 18

As Publicações do Blogue:

Sem comentários:

Enviar um comentário