O nosso blogue vive do espólio de Luiz Fernando Carvalho Dias, que continuamos a explorar e a divulgar. Sempre soubemos o interesse do investigador por Frei Heitor Pinto, que deu origem em 1952 à publicação de "Fr. Heitor Pinto (Novas Achegas para a sua Biografia)", a 1ª da sua vasta obra.
Aquando das comemorações do IV centenário da morte do frade jerónimo, que se realizaram na Covilhã a 2 de Dezembro de 1984, empenhou-se totalmente para que a figura de Frei Heitor fosse mais divulgada.
[...]
A propósito de monografias covilhanenses, Luiz Fernando Carvalho Dias lembrou Frei Heitor Pinto:
“Não ainda em monografia, mas como simples descrição, registo a primeira imagem da Covilhã em forma literária. Cabe ao nosso Frei Heitor Pinto, o escritor português mais divulgado e com mais edições no século XVI. Trata-se de uma imagem enternecida, como que uma saudade de peregrino a adivinhar exílios, muito embora a abundância dos adjectivos desmereça da evocação:
“ … Inexpugnável por fortes e altos muros, situada num lugar alto e desabafado e de singular vista, entre duas frescas e perenais ribeiras, com a infinidade de frias e excelentes fontes e cercada de deleitosos e frutíferos arvoredos. “ (1)
Estamos a publicar informações sobre Frei Heitor Pinto. Baseamo-nos em reflexões do investigador, em fotografias e textos da Exposição de 1984 e na obra sobre Frei Heitor Pinto.
Acompanhemos a obra “Fr. Heitor Pinto (Novas achegas para a sua biografia)” de Luiz Fernando Carvalho Dias:[...]
De Doutor em Siguença a Professor da Universidade de
Coimbra
Portal de S. Bento, Salamanca
|
Pormenor de Nossa Senhora da Vitória, Frades Jerónimos, Salamanca
|
Enquanto em Salamanca se
degladiavam interesses feridos, Fr. Heitor Pinto demandava Siguença à conquista,
nessa Universidade, dos graus académicos.
As saudades da paz claustral e das brisas marítimas de Belém devem-no
ter assediado nessas férias agitadas de 1568, ao jornadear pelo planalto ressequido
de Castela!
Siguenza Fotografia de Luiz Fernando Carvalho Dias |
A 24 de Setembro, uma sexta-feira, compareceu perante o Doutor
Francisco Fernandez, magnífico Reitor Siguentino, no Colégio de Santo António
Portacoeli, para se matricular na Faculdade de Teologia.
Levava como credenciais a licença do seu provincial Fr. Jerónimo de
Pavia e o instrumento testemunhal da prova dos seus cursos, no depoimento dos
hieronimitas Fr. Damião de Guimarães, prior do Convento de S. Jerónimo do Mato
e Fr. Paulo de Sintra.
Os três tinham ouvido anos atrás na Universidade de Coimbra, quando
colegiais de S. Jerónimo, os cursos de Artes do mestre Luís Alvares Cabral e do
francês Nicolau Grochio, e a Teologia dos escolásticos Doutor Afonso do Prado e
mestre Martim de Ledesma (1) e dos
exegetas Doutores Paio Rodrigues e Marco Romero (2).
Capa do livro de Graus do ano de 1568 |
O Reitor admitiu-o aos graus depois de jurar a veracidade das
frequências alegadas, obedecer ao prelado universitário e guardar os
estatutos:
Bacharelou-se no domingo seguinte, dia 26; para isso sustentou
conclusões teológicas. Nelas arguiram o Reitor, o Presidente Doutor Pedro
Martinez e outros. Findo o acto, jurou o concílio tridentino e o motu proprio
de Pio IV e perorou em latim, pedindo o grau. Depois subiu à cátedra para
dissertar.
As conclusões deviam continuar terça-feira, na Reitoria do Colégio,
mas Frei Heitor Pinto, valendo-se de costumes e privilégios universitários,
requereu a isenção das conclusões para a licenciatura, visto já haver lido uma
lição de teologia na Universidade, fora as que proferira em Salamanca. O Reitor
dispensou-o, passando logo a ler teologia positiva durante uma hora. Não dizem
as actas qual a matéria versada mas no primeiro de Outubro voltou a provas.
Efectuaram-se estas no claustro de teologia; sustentou, de manhã, seis quod
libetos e outros seis, de tarde.
No dia 2, às seis da madrugada,
rezou-se, na capela do Colégio, a missa do Espírito Santo; assistiu o Reitor e
depois, conforme a praxe, marcaram-se lições para o dia seguinte, começando o
presidente por abrir três vezes o livro segundo das Sentenças de Pedro Lombardo
(3).
Caiu a sorte, primeiro, nas distinções 5.ª (4),
6.ª (5) e 7 ª; depois na 20. ª (6) e ainda na 34.ª (7) e 35. ª (8).
Heitor Pinto decidiu-se pela 7.ª cujo título é:
«Quod boni Angeli a Deo sunt confirmati per gratiam ut peccare non
possint: et mali ita obdurati in malo, ut bene vivere nequeant» (9).
O mesmo doutor voltou a abrir as Sentenças, mas no livro 4.°, saindo
primeiro a 10ª. (10) e 11ª., depois a
18ª. (11) e por fim a 24ª.(12) e a 25ª.(13),
escolhendo destas o hieronimita a undécima, sobre:
«De modis conversionis» (14).
No dia 3 de Outubro, às quatro da tarde, defendeu as duas teses
escolhidas no Capítulo da Igreja Matriz de Siguença, perante o Reitor e o
Chanceler D. Pedro Velarde. Arguiram os Doutores Pedro Martinez, Lope de Barrio
e Julião Valeros.
Procedeu-se a votação e saiu
aprovado, nemine discrepante, com três A. A. A.; antes porém de lhe ser
conferido o grau de licenciado, jurou de novo o Concílio, e em latim fez a
petição costumada.
Autorizaram-no logo a graduar-se
de doutor, quando desejasse.
O doutoramento não se fez esperar porque, na segunda-feira, 4 desse
mês, às 8 da manhã, voltou a comparecer perante o juri a fim de responder à
proposição teológica que lhe formulou Lope de Barrio.
Terminam assim as suas provas.
Só lhe restava requerer, em
breve arrazoado latino, ao Chanceler Universitário, o grau de Doutor.
Aquiesceram os mestres franquear-lhe os doutorais e recebê-lo como
confrade.
Seguiu-se a imposição das insígnias. O cerimonial equipara-se ao dos
outros colégios universitários dessa época: ofertaram-lhe o livro, puzeram-lhe
no dedo o anel e, na cabeça, o boné, com a borla branca dos teólogos; seguiu a
ocupar o lugar que, por antiguidade lhe ficava pertencendo no Colégio Doutoral
(15).
Não lhe exigiu a Universidade
Siguentina aquele mínimo de permanência de magistério a que desejava vinculá-lo
o claustro de Salamanca.
Por isso deve ter regressado a
Madrid, onde, em 23 de Outubro, se lhe deferia o requerimento que, em 17 de
Setembro, a caminho de Singuença, entregara no Conselho Real, pedindo a taxação
dos seus comentários a Ezequiel (16).
Ele mesmo levaria o alvará régio a Salamanca; esperava-o aí a
publicação dessa obra, já impressa, regressando em seguida a Portugal. Só o reencontramos aqui em 1571, depois
duma nova ida a Madrid, ao iniciar, com o priorado de Belém, o provincialato da
sua ordem.
* * *
Parece deduzir-se da documentação de Siguença que Fr. Heitor Pinto não
recebeu em Coimbra qualquer grau Universitário, pois não consta das suas
provanças de matrícula. Causa isto admiração por sabermos que estava pronto
para bacharelar-se em artes, em Março de 1550, e ainda por ter exercido o
Reitorado do Colégio de S. Jerónimo de Coimbra, (1563-1566), onde foi
integrado o Colégio da Costa de Guimarães; ora neste conferiam-se graus em Artes
e em Teologia (17).
A documentação Siguentina revela
um aspecto biográfico inédito: diz-nos quem foram em Coimbra os mestres de Fr.
Heitor Pinto na Faculdade de Teologia, facto que interessa sumamente à
Universidade Portuguesa.
Embora alguns dos seus mestres fossem estrangeiros (18) todo o monumento da sua erudição se ergueu
em Portugal.
O Doutoramento de Siguença
demonstra ainda com segurança que Fr. Heitor Pinto não temia expor a sua
doutrina em conclusões universitárias - argumento para contraditar os que
pensaram que ele saiu vexado em Salamanca.
A hipótese de um doutoramento na Universidade de Osuna também fica
afastada: na «Memória dos Estudos ...» (19)
aceitara-se sem crítica esta opinião de Fr. Diogo de Jesus.
Dizem os documentos de Sigüença (20):
Matrícula de Frei Heitor Pinto, Português |
fls 44 - 1568
|
Viernes
a veinte y quatro dias del mes de Septº a
|
Matricula
y
|
las
cinco de la tarde poco mas o menos en este
|
cursos
del Pe
|
Collegio
de Sto. Ant.º ante El muy magº S.ºr
|
Hector
Pinto
|
Dºr
Francº fernandez en prsencia de mi El secretº
|
Portugués
|
y
testigos infra escritos
|
parecio
presenteEl Padre fray Hector pinto portugues frayle de la orden de St.
Hieronimo de la pvincia de portugal y pidio al dho S.ºr Rector licencia pª
graduarse en esta universidad de bllr y licen.dº y doctor en Theologia. Para
lo qual mostro y psento los recados seg.tes Primªmente presento una patente
firmada De fray Hieronimo de Pauia provincial de la horden de San Hieronimo
en el Rejno de portugal, por la ql. daua licenª al dho fray Hector pª graduarse
en Theologia por qlquier universidad y despues desto testificaua q el dho fray
Hector despues de ser religioso avia ojdo en ocho años continuos todo El curso
de Artes y de Theologia en la universidad de Coimbra yten presento dos dichos,
El uno de fray Damian de guimaraes prior del monastº de San Hieronimo Do Mato
dioces de Lisboa y el otro de fray Paulo de Sintra. Los qles ambos a dos
deziarn q siendo Ellos collegiales en El collegio q esta en la universidad de
Coimbra de la orden de san Hieronimo, conocieran y trataron al p.e fray Hector
pinto q era ansi mismo collegial con ellos en el dho Collegio y su condiscipulo
de artes y Theologia y saben q ojo en aqlla universidad todo El curso de artes
q se lle en tres años en el ql tuuo por maestros el mro luis alvarez cabral y a
Nicolas Grochio. Y despues ojo todo El curso de Theologia en cinco anos Sig.tes
ojendo la Theologia scholastica del dotor Alonso de Prado y ell mro Martin
ledesmio y la positiva dei d.ºr Marco Romero y deI d.ºr Pelagio rodriguez los
qles todos leyan Theologia en la dha universidad de Coimbra y q todo esto saben
por q ambos a dos fueron condiscipulos de artes y Theologia del dho fray Hector
pinto y por esta causa lo firmaron de sus nombres y al cabo destos dos dhos y
depositiones venja una approbacion de Fray pº De (fls. 45) lisboa // scrivano
y secretº del dho prouincial De la orden de St. Hieronimo en Portugal por la
ql. daua por testimº q conocia a los dhos p.es fray Damian de Guimaraes y Fray
Paulo de Sintra y se hallo psente al tpo q deponian y testifiavan lo suso dho
y sabia q aqllos son sus dhos y las firmas q alli vienen son las sujas pprias.
y ansi lo firmo De su nombre por mandado Del dho p.e provincial a pedimº Del
dho fray Hector Pinto y ansi mismo En la dha patente El dho puincial
testificaua q el dho fray Hector Pinto era sacerdote. Y el dho S.ºr Rector
uistos los dho (sic) recados mando a mi el notº infrascrito recebiese
juramº del dho Fray Heytor Pinto acerca De lo suso dho y El juro in verbo
sacerdotis q todollo suso dho es ansi verdad y q tiene ganados todos los dhos
cursos como dho es. Y el dho srº. le d io la dha licencia pª graduarse por esta
universidad y yo el notº infrascrito le matricule y el juro in verbo sacerdotis
de obediendo Rectori y guardar los statutos desta universidad testigos los s.es
mros marcos perez, d.or Domingo fernandez collegiales.
paso antemi
X.
de la Peñuela
not.º
y secret.º
II
Bacharelato de Frei Heitor Pinto |
fls 45
|
Domingo
a veinte y seis dias del mes de septiembr
|
«Bachilleramº
|
a
las cinco de la tarde poco mas o menos ante El
|
del Pe fray
|
muy magcº Sºr dotor francº
Fernandez Rector y El
|
Hector
Pinto
|
Sºr
Dºr Pº minez
|
psidente y en
psencia de mi El not.º y test.ºs infra scritos parecio presente El p.e Fray
Hector Pinto y sustento unas concles (21)
De Theologia contra las qles le argujeron los dhos s.es Rector y psidente y
otros doctores desta universidad. Despues de lo ql. el dho fray Hector juro El
concilio Tridens y pprio motu De Pio 4 y por una oracion en latin pidio El
grado de bllr En Theologia y el dho S.ºr presidente se le concedio con las
exemptiones y pminencias g a los demas bllrs suelen ser concedidas. y luego El
dho fray Hector (va
entre renglores seis y presidente Valga.) fls .46 // subio a la Cathedra y
començo a leer una question de Theologia tomando possession De lo dho su grado
testigos los s.es dotores Lope de barrio Ferdo De Mendoza Domingo
fernandez.
paso antemi
X. de la Peñuela
not.º
y secret.º
III
fls 46
|
Martes a veinte y siete Dias Digo a viemte
dias del
|
«Suplemtº De sus
|
mes
de Sepº por la mañana en la Camª rectoral
|
cles
(22) del P.e
|
deste collegio ante El muy
magº Sºr Dºr francº
|
fray
Hector Pinto
|
fernandez
Rector
|
parecio
presente El p.e fray Hector Pinto y pidio a su md. q atento a q El auja leydo
una licion de Theologia en esta universidad fuera de otras muchas q auia leydo
en las escuelas de Salamanca q su md. fuese servido de mandarle suplir las
concles q hauja de hazer pª graduarse de licen.do en Theologia como se suele
hazer en esta unjversidad. Para lo ql. presento p. testigos al padre fray (fls.
46 v.) // fray Francº Mexia y al padre fray Guillermo de Valencia los qles
juraron in verbo sacerdotis q El dho fray Hector Pinto leyo en el aula de
Theologia desta universidad una licion de Theologia despues De ser bachiller
En Theologia y yo El infrascrito notº me halle psente a la dha licion, con los
dhos testigos y otros muchos. y el Dho Seüor dixo q por virtud de la dha licion
le suplia las Concles (23) q auia de
hazer para graduarse De liceu.do en Theologia Como se suelen suplir en esta
universidad. testigos El doctor p.º martinez y el mro Marcos perez.
paso ante mi
X. de la Peñuela
not.º
y secret.º
Rep.ºn
del mismo
|
Esto mismo dia a las diez de la mañana en el
|
aula
de Theologia desta Universidad ante El muj
|
magº s.ºr Dºr
francº fernandez Rector y el dºr pº martinez psidente parecio psente El Dho
fray Hector Pinto y hizo uma repeticion sobre uno lugar de scriptura por
espacio de una hora. testigos los s.es mros lope ramirez y marcos perez
collegiales.
paso ante mi
X. de la Peñuela
not.º
y secret.º
IV
fls 47
|
Viernes prº Dia de otubre a las ocho De la
|
«quodlibetos
|
mañana
En el q tral de Theologia desta universidad
|
del
Pe fray Hector
|
ante El muy magº sºr Dºr
francº Fernandez Rector
|
y el Dºr P.º
martinez psidente en la faculdad De Theologia parecio psente El p.e fray Hector
pinto y sustento doze quodlibetos los seis por la mañana y los seis por la
tarde testigos los s.es mros Marcos Perez y antº. de Torres collegiales.
paso ante mi
X. de la Peñuela
not.º
y secret.º
V
«1568»
|
Sabado segundo dia del mes dotubre a las
seis de
|
fls 47 v Assigºs
|
la
mañana En la capilla deste collegio ante El muj
|
mismo
|
magº Sºr Dºr francº fernandez
Rector y el sºr doctor
|
pº minez parecio
psente El p.e fray Hector Pinto y despues de averse dho una missa de Spu Santo
como es costumbre se le senalaron liciones pª otro dia en la manera sig.e El
doctor pº martinez abrio El segundo de las sententias por tres partes y cayeron
los dist.es sig.es / 1.º/ 5.ª 6ª 7ª / 2º / 20 / 3º 34.35 y desta El p.e fray
Hector escogio la septima. Luego El dho Doctor pº minez abrio El quarto de las
Sententias por tres partes y le cayeron las distintiones sig.es / 1º / 10.11 /
2º / 18 / 3º / 24.25 y el p.e fray
Hector escogio la distintion onze testigos El mro Diº perez y el mro lope
ramirez collegiales.
paso ante mi
X. de la Peñuela
not.º
y secret.º
VI
lection y licem.tº
|
Domingo
a tres dias de otubre a las quatro de la
|
del
mismo
|
tarde
en el capitulo de la iglesia mayor de
Sig.ª
|
ante los muj magºs y muy R.dºs
s.es Dºr francº
|
fernandez
Rector desta universidad y Don pº Velarde cancelario y los s.es dotores Pero
martinez psidente y Lope de barrio y Julian Valeros examinadores En la faculdad
De Theologia parecio psente El p.e fray Hector pinto y leyo las liciones q El
dia antes le auian senalado contra las qles le arguiyron los dhos s.es Rector y
psídente y examinadores y despues desto los dhos [fls. 48] s.ºs psidente y examinadores se aprataron a
votar por A. y R. // cerca dela suffª Del Dho pº fray Hector, y todos nemine
discrepante le aprobaron como consto della regulacion de votos q El dho S.ºr
Cancelº hizo en psencia de mi El not.º infrascrito en q se hallaron tres A.AA.
y ansi El dho fray Hector juro El concilio Tridente y por una oracion En latin
pidio El grado De licen.dº en Theologia y el dho S.ºr Cancela.º se le concedio
con todas las pminencias y exemptiones q a los demas por esta universidad
graduados suelen ser conçedidos y le dio faculdad pª graduarse de D.ºr en
Theologia qu.º quisiere tsª los s.es mros pº ramirez, marcos perez antº de
Torres
paso ante mi
X. de la Peñuela
not.º
y secret.º
VII
Doutoramento de Frei Heitor Pinto (1) |
dotoramj.º del
|
Lunes
a quatro dias del mes de otubre a las ocho de
|
mismo
|
la mañana en El capitulo de la iglesia major Sigª
|
(24)
ante El muj muy mag.cº Sºr Dºr franc fernandez
|
Rector y Don
pº Velarde cancelario y el D.ºr pero martinez psidente en la faculdad de
Theologia y ante los doctores Julian Valeros y Lope de barrio examinadores
parecio psente El dho padre fray Hector y despues De aver respondido a una
question Theologa q le ppuso EI dho doctor Lope de bario, por una oracion en
latin pidio EI grado de doctor en Theologia al dho Señor cancelario. El ql. se
le concedio con todas las excemptiones y pminencias acostumbradas ponidendole
en la mano un libro y en el dedo un anillo y en la cabeça un bonete con una
borla blanca q Es insignia de dotor en theologia y luego el dho fray Hector se
sentó entre los dotores de su faculdad en el lugar q le venia por su antiguedad
testigo los s.es mros ramirez, marcos perez y ant.º de torres.
paso ante mi
X. de la Peñuela
not.º
y secret.º
Notas:
2 Também foi professor de Fr. Heitor Pinto o celebrado
Doutor Pedro Nunes como ele afirma nos comentários a Esaias, fls , 528:
«...(Deus) Ipse solus est qui de se ait: Coelum sedeo mea est, terra autem
scabellum pedum meorum. Sed cum multi sint coeli, oritur dubitatio, de quo Deus
hic per Esaiam loquatur, an de Empyreo, an de Firmamento, an de aliquo ex
septem coelis Planetarum, an de primo mobili post Firmamentum, quod etsi fuerit
antiquis ignotum putantibus Firmamentum esse ipsum primum mobile aliud coelum a
Firmamento distinctum, ut ostendit Petrus Nonius magister meus, mathematicorum
doctissimus, alter Euclides, alter Ptolemaeus ...».
3 Pedro Lombardo - Sententiarum - Ed. de
Antuerpia, 1764.
4 «De conversione
et confirmatione statium, et auersione et lapsu cadentium». Lib. 2, Dist. v.
5 «Quod de maioribus et minoribus quidam ceciderunt:
inter quos unus fuit celsior, scilicet Lucifer». Lib. 2, Dist. VI.
6 «De modo procriationis filiorum si non peccassent
primi parentes, et quales nascerentur filii». Lib. 2, Dist. xx.
7 «Quae de peccato animaduertenda sint». Lib. 2, Dist.
XXXIV.
8 «Quid sit
peccatum. Lib. 2, Dist. XXXV.
9 Desenvolvimento da distinção: «Quod utrique liberum
arbitrium habent, nec tamen ad utrum que flecti possunt. Quod boni post
confirmationem liberius arbitrium habent quam ante. Quod post confirmationem
Angeli non possint ex natura peccare sicut ante: non quod debilitatum sit eorum
liberum arbitrium sed confirmatum. Quod Angeli mali uiuacem sensum non
perdiderunt, et quibus modis sciant. Quod magicae artes uirtute et scientia
diaboli valent: quae uirtus et scientiae est ei data a Deo uel ad fallendum
malos, uel ad monendum, uel exercendum bonos. Quod transgressoribus Angelis
non seruit ad nutum materia rerum uisibilium. Quod non sunt creatores, licet
per eos Magi ranas et alia fecerint: sed solus Deus. Sicut parentes non
dicuntur creatores filiorum nec agricolae frugum: et nec boni Angeli nec mali ; etsi per eorum
ministerium fiant creaturae. Sicut
iustificationem mentis, ita creationem rerum solus Deus operatur: licet
creatura extrinsecus serviat. Quod Angeli mali multa possunt per naturae
uigorem, quae non possunt propter Dei vel bonorum Angelorum prohibitionem i.
quia non permittuntur». 10 «De haeresi aliorum qui dicunt Corpus Christi non
esse in altari nisi in signo». Lib. 4, Dist.
10 «De haeresi aliorum qui dicunt Corpus Christi non
esse in altari nisi in signo». Lib. 4, Dist. 10.
11 De remissione sacerdotis». Lib. 4, Dist. XVIII.
12 «De Ordinibus Ecclesiasticis». Lib. 4, Dist. XXIV.
13 «De ordinatis ab Haereticis». Lib, 4. Dist. XXV.
14 Desenvolvimento da distinção: -Oppositio.
-Augustinus in libro setentiarum Prosperi. -Asserunt quidam dictum panem
transire in Corpus Christi. -Quare sub alia specie. -Quare sub duplici specie.
- Quare aqua admisceatur. –Julius Papa».
15 Quando Fr. Heitor Pinto em 1576 foi chamado para
reger Bíblia, na Universidade de Coimbra, fez uma prova sumária do seu
doutoramento em Siguença. Por isso nos documentos publicados pelo Dr. J. J. de
Brito e Silva, já citados, há referências incompletas aos seus cursos nesta
Universidade, que não dispensam a nossa Colecção. Há também algumas
divergências de leitura entre os documentos de Siguença e os treslados que
figuram nos livros de Coimbra.
16 Fr. Heitor Pinto – In Ezechielem prophaetam
Commentaria ... Salmanticae apud Iohamem á Canova- M.D.L.XVIII.
17 Santos Abranches - Suma do Bulario Português,
pag. 121, Bula de Paulo 3º, Ex parte celsitudinis, passada pela Sagrada
Penetenciária, em nome de António, Cardeal do Título dos Quatro Santos
Coroados, pela qual a instâncias de D. João 3º se concedeu ao Reitor do Colégio
da Costa o privilégio de conferir graus em arte e teologia. Dada em Roma aos 7
dos Idus de Novembro de 1540. Arquivo Nacional da Torre do Tombo - cartórios
conventuais recolhidos da B. N. de Lisboa, em 1912. S. Jerónimo de Coimbra,
Vol. 3°, ms. a fls. 357 do Inventário dos papéis de Fr. Diogo de Murça,
encontrados depois da sua morte no Oratório de Refoios e entregues por seu
sobrinho Gonçalo Pinto: "hua bulla e alluara dell Rey e comysoes do nunçio
pª q se posam dar graaos no colegio de sam Jeronymo de Coymbra, e isto ê artes
e teologia».
18 Os mestres de Fr. Heitor Pinto em artes já eram conhecidos
atravez do Doc. publicado pelo Dr. Mário Brandão, a fls. 478, da 1ª Parte, de O
Colégio das Artes, Coimbra, 1924.
19 «Memoria dos Estudos em que se criarão os monges de
S. Jeronimo ... » in Bol. da Bib. da Univ. de Coimbra, vol. 6, pags. 220 e segs.
e vol. 7, pags. 233 e segs.
20 Arquivo Historico de Madrid - Colegio de S.
Antonio Portacoeli, Sec. Universidades y Colegios. Livro 1254, F .
21 Conclusiones.
22 Conclusiones.
23 Id.
24 La capilla de N.ª Sr.ª de la Paz junto al Claustro.
Nota dos editores - A documentação relativa ao doutoramento de Frei Heitor Pinto na Universidade de Siguenza encontra-se no Arquivo Histórico de Madrid
As publicações sobre Frei Heitor Pinto no nosso blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2016/08/covilha-frei-heitor-pinto-vii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2016/03/covilha-frei-heitor-pinto-vi.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/11/covilha-frei-heitor-pinto-v.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/06/covilha-frei-heitor-pinto-iv.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/05/covilha-frei-heitor-pinto-iii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/03/covilha-frei-heitor-pinto-ii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/02/covilha-frei-heitor-pinto-i.html
Nota dos editores - A documentação relativa ao doutoramento de Frei Heitor Pinto na Universidade de Siguenza encontra-se no Arquivo Histórico de Madrid
As publicações do blogue:
Estatística baseada na lista dos sentenciados na Inquisição publicada neste blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-lista-dos-sentenciados-na.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-lista-dos-sentenciados-na.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2016/08/covilha-frei-heitor-pinto-vii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2016/03/covilha-frei-heitor-pinto-vi.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/11/covilha-frei-heitor-pinto-v.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/06/covilha-frei-heitor-pinto-iv.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/05/covilha-frei-heitor-pinto-iii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/03/covilha-frei-heitor-pinto-ii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2015/02/covilha-frei-heitor-pinto-i.html
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