domingo, 9 de março de 2014

Covilhã - As suas Igrejas I

    A Igreja de Santa Maria Maior foi edificada no século XVI, no local da capela de Santa Maria do Castelo, quando era bispo da Guarda o covilhanense D. Cristóvão de CastroSofreu vários restauros ao longo dos séculos. Um restauro no último quartel do século XIX deu-lhe características barrocas e nele tiveram papel importante os jesuítas Francisco e João Grainha. É no fim do século XIX com base no projecto de 1897, a seguir apresentado, que a torre é construída. Em meados do século XX a fachada foi revestida dos azulejos que ainda hoje observamos. Apesar de tanta obra, sabemos que em 1943, durante a Missa, caiu o tecto deste templo. Lembramos o testemunho presencial da Avó do editor, Dona Maria Aldegundes Delgado de Carvalho, que recordava o alvoroço e a aflição no momento e até a morte duma senhora que se encontrava a seu lado, sobre a qual terá caído um barrote.
   É interessante sabermos que, como era a Igreja mais importante da vila, vários pleitos foram julgados no seu adro pelo juiz e homens bons da terra.

Igreja de Santa Maria
Fotografia de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias

 Luiz Fernando Carvalho Dias diz-nos ainda: “A Igreja de Santa Maria do Castelo (ou de Roque Amador) é a matriz das igrejas covilhanenses. Esta igreja sofreu no decorrer dos tempos várias reconstruções, de tal ordem que se encontra de todo destituída da sua traça primitiva, oferecendo-nos hoje o aspecto de um templo sem características arquitectónicas apreciáveis. Entre as suas imagens destaca-se uma boa escultura em madeira, da Senhora das Dores, do século XVII, proveniente do antigo convento de Santo António, e uma outra da Assunção, do cinzel do escultor Caldas. As suas preciosidades resumem-se hoje a uma custódia de prata dourada, cuja perfeição é digna de admirar-se, e a um valioso relicário do Santo Lenho, oferta do Imperador Carlos V ao Infante D. Luiz, após a conquista de Tunis.”
Covilhã - vista tirada do alto do Convento de S.to António
Gravura de A. Pedroso, segundo photogrphia do Sr. F. Paino Peres
Esta imagem  aparecia na Revista Illustrada, nº 25, 2º ano, Lisboa, 15 de Abril de 1891.
Volta a aparecer reproduzida em Mala da Europa, nº 307, Lisboa, 29 de Dezembro de 1901

Pormenor da gravura anterior, onde se vê a Igreja de Santa Maria, ainda sem torre



  Vejamos então o projecto (Memória Descritiva, Orçamento e Planta) para a construção da TORRE da Igreja de Santa Maria Maior:





    Agora apresentamos a planta em três fotografias. De facto, à época, ela foi apresentada na horizontal, da esquerda para a direita (1, 2, 3), em papel vegetal (pergaminho). 

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2 comentários:

  1. Posso estar enganado, mas parece-me que a torre da gravura 3 é a Torre de São Tiago e não a de Sta. Maria.

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    1. Caro leitor
      A gravura 3, que publicámos, diz respeito, efectivamente, à Torre da Igreja de Sta. Maria. Esta gravura faz parte de um documento, constante de uma única folha, que inclui as gravuras 1, 2 e 3 por nós apresentadas. É o próprio documento que refere Igreja de Sta. Maria Maior.
      Poderá comparar a torre desta Igreja com a de S. Tiago no nosso blogue:
      http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2013/04/covilha-fotografias-actuais-vii.html
      Cumprimentos

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