A Igreja de Santa Maria Maior foi edificada no século XVI, no local da capela de Santa Maria do Castelo, quando era bispo da Guarda o covilhanense D. Cristóvão de Castro. Sofreu vários restauros ao longo dos séculos. Um restauro no último quartel do século XIX deu-lhe características barrocas e nele tiveram papel importante os jesuítas Francisco e João Grainha. É no fim do século XIX com base no projecto de 1897, a seguir apresentado, que a torre é construída. Em meados do século XX a fachada foi revestida dos azulejos que ainda hoje observamos. Apesar de tanta obra, sabemos que em 1943, durante a Missa, caiu o tecto deste templo. Lembramos o testemunho presencial da Avó do editor, Dona Maria Aldegundes Delgado de Carvalho, que recordava o alvoroço e a aflição no momento e até a morte duma senhora que se encontrava a seu lado, sobre a qual terá caído um barrote.
É interessante sabermos que, como era a Igreja mais importante da vila, vários pleitos foram julgados no seu adro pelo juiz e homens bons da terra.
É interessante sabermos que, como era a Igreja mais importante da vila, vários pleitos foram julgados no seu adro pelo juiz e homens bons da terra.
Luiz Fernando Carvalho Dias diz-nos ainda: “A Igreja de Santa Maria do Castelo (ou de Roque Amador) é a matriz das igrejas covilhanenses. Esta igreja sofreu no decorrer dos tempos várias reconstruções, de tal ordem que se encontra de todo destituída da sua traça primitiva, oferecendo-nos hoje o aspecto de um templo sem características arquitectónicas apreciáveis. Entre as suas imagens destaca-se uma boa escultura em madeira, da Senhora das Dores, do século XVII, proveniente do antigo convento de Santo António, e uma outra da Assunção, do cinzel do escultor Caldas. As suas preciosidades resumem-se hoje a uma custódia de prata dourada, cuja perfeição é digna de admirar-se, e a um valioso relicário do Santo Lenho, oferta do Imperador Carlos V ao Infante D. Luiz, após a conquista de Tunis.”
Vejamos então o projecto (Memória Descritiva, Orçamento e Planta) para a construção da TORRE da Igreja de Santa Maria Maior:
Pormenor da gravura anterior, onde se vê a Igreja de Santa Maria, ainda sem torre |
Agora apresentamos a planta em três fotografias. De facto, à época, ela foi apresentada na horizontal, da esquerda para a direita (1, 2, 3), em papel vegetal (pergaminho).
1
2
3
Posso estar enganado, mas parece-me que a torre da gravura 3 é a Torre de São Tiago e não a de Sta. Maria.
ResponderEliminarCaro leitor
EliminarA gravura 3, que publicámos, diz respeito, efectivamente, à Torre da Igreja de Sta. Maria. Esta gravura faz parte de um documento, constante de uma única folha, que inclui as gravuras 1, 2 e 3 por nós apresentadas. É o próprio documento que refere Igreja de Sta. Maria Maior.
Poderá comparar a torre desta Igreja com a de S. Tiago no nosso blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2013/04/covilha-fotografias-actuais-vii.html
Cumprimentos