Continuamos a apresentar os documentos
encontrados no espólio de Luiz Fernando Carvalho Dias sobre a alcaidaria da
Covilhã. Procuramos seguir uma ordem cronológica. Hoje publicamos um alvará
relativo a Luis Castro Rio, casado com Dona Catarina Telles.
Covilhã - O Jardim Público de S. Francisco Fotografia de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias |
Eu El Rej faço saber aos que este Alvara Virem q tendo
concideração ao que me Reprezenta Luis de Crasto do Rio a serca da
Alcaidaria mor da Villa da Covilham do Rejno de Portugal q o anno de
quinhentos e corenta e dous se deu a andre telles de menezes mordomo mor
que foi do Imfante Dom Luis, e depois se foi continuando nos Sucessores de sua
Caza por tempo de mais de noventa annos por mercê dos Senhores Reis que forão
daquelle Rejno e hoje esta em cabeça de Dona Catherina telles molher do dito
Luis de Crasto do Rio a qual Rende quinhentos cruzados cada anno; Hej por
bem de fazer merce ao dito Luis de Crasto da dita Alcaidaria mor por duas
Vidas mais que sejão as de seu filho e netto e não os tendo, como athe gora
(sic) os não tem suceda nella Affonço frutado de Mendoça seu Sobrinho e depois
(sic) seu filho ou filha, ou sua sobrinha, ou o filho ou filha do dito Jorge de
Furtado e de D. Maria da Silva Irmam da dita Dona Catherina Telles, E sua
herdeira de man.ra que a dita merce que lhe faço he de duas vidas úteis somente
na forma referida com a Renda percalços hemolumentos que hoje goza e porq.to
Luis de Crasto do Rio pagou nesta Corte, cento e noventa e sinco Reales em
parta (sic) doble q são sete mil e oito centos rs; e he o dobro do direito da
Chrª. e o que toca a mea anatta per Rezão desta m.ce porque o que suceder ahade
paguar dos duzentos mil rs. que Val cada anno a Alcaidaria mor Referida como
constou por certidão de jeronimo de Canencia (sic) a cujo cargo estão os Livros
da rezão do direito da mea anatta se fara declaração disso no despacho que se
passar desta m.ce pello que mando as Justiças a que este meu Alvara for
mostrado e o conhecimento delle pertencer fação passar a carta em forma da dita
Alcaidaria mor as pessoas asima declaradas na qual se trasladara este alvara
etc.
francisco nunez o fez em Lisboa a vinte e hu de janeiro
de seisçentos trinta e trez. Pº. SancheS farinha o fez escrever.
Fonte - Chancelaria
de Filipe III – Livº 32, fls 24
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