Os meios de comunicação vão-se desenvolvendo
em Portugal. Em relação à imprensa periódica podemos referir que ela surge durante
a Guerra da Restauração, entre 1641 e 1647, com o nome de “Gazeta”, como arma
de propaganda contra Espanha.
Posteriormente encontramos outros periódicos políticos e informativos,
como “A Gazeta de Lisboa” entre 1715 e 1820.
A
imprensa vai ser um veículo informativo de cariz político, social, de entretenimento,
educativo e por isso o romance e a moda têm nela um espaço cada vez maior.
Nota-se evolução na apresentação e no grafismo das publicações, para cativar o
leitor.
Especificamente
em relação à lista de Jornais da Covilhã que encontrámos no espólio de Luiz Fernando Carvalho Dias, verificamos que há jornais que duraram
vários anos, tiveram vários números e outros que foram únicos, como o “6 de
Setembro de 1891” , para comemorar a ida dos Reis à Covilhã,
aquando da inauguração do comboio até à cidade. Existem periódicos políticos,
industriais, literários e científicos, religiosos, partidários, anarquistas, de
lazer, como o “Entusiasta” que refere comédias e espectáculos de touros realizados na Praça do Pelourinho.
Folheando o nº 1 do “Correio da Covilhan", de quinta-feira 31 de Maio de
1888, lemos vários artigos:
- Editorial
- Revista Industrial
- Folhetim (Memória histórica acerca da
indústria dos Lanifícios em Portugal)
- Notíciário: necrologia, chegadas, partidas,
férias, doenças, prémios de lotaria
- “Sciencias e Letras”
- Revista Agrícola
- Romaria ao Senhor São Bento
- Anúncios de emprego, de vendas, de lojas.
Um exemplo engraçado:
"Guerra ao Calor
Declarou-se a Guerra. Aprestam-/se as armas
para o combate e de-/certo as melhores são:/ A cerveja da pipa./ cerveja
alleman branca e preta./ gazozas e limonadas./ Sodas aromaticas. Refrescos de
xarope. Todos estes refrigerantes, que são de primeira qualidade, se en/
contram à venda no estabelecimento/ de EDUARDO DE LEMOS/ RUA DE S. VICENTE/
COVILHAN".
Correio da Covilhan, nº 105 (o último) |
(Continua)
Fonte - Alguns elementos retirados de “A Imprensa no Distrito de Castelo Branco”, de João Morato Grave, Vila Nova de Famalicão, 1929
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