quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Covilhã - Os Jesuítas III


    Como encontrámos no espólio de Luiz Fernando Carvalho Dias   uma pasta sobre Jesuítas covilhanenses ou que se fixaram na Covilhã, continuamos hoje a publicar o tema a eles dedicado.
    A Companhia de Jesus foi fundada por Santo Inácio de Loyola que nasceu em 1491 no País Basco – Azpeitia – e morreu em Roma em 1556.
    Os Jesuítas entram em Portugal no reinado de D. João III, através de Francisco Xavier e Simão Rodrigues e tendo como pontos de partida Lisboa, Coimbra e Évora, toma nas suas mãos o ensino e a organização da missionação das colónias.
    Acompanhanhemos os Jesuítas nascidos na Covilhã em fins do século XVI e princípios do XVII, sobre os quais temos alguns elementos importantes: uma ficha e fotografias de originais – cartas, autógrafos ou profissões de fé e documentos notariais.


X - Padre António Quaresma 




XI - Padre Gaspar Paes 



Natural da Covilhã, donde passando à India Oriental recebeu a roupeta da Compª. de Jesus em Goa a 23 de Novº de 1607, com 14 anos.
“Tendo ensinado pelo espaço de 3 anos letras humanas, como pedisse o Emperador da Etiopia Sultão Segued alguns operarios evangelicos pª que conservassem no seu imperio a Religião Romana contra os erros sismaticos de Alexandria, foi nomeado pª. tão gloriosa empreza o qual saindo de Goa no fim do ano de 1623 embarcou pelo mar Eritreo até chegar a Massuá a 26  de Maio de 1624 onde foi recebido pelo seu governador com todas as significações d’aplauso e benevolência. Escoltado de quarenta turcos para não ser acometido dos ladrões chegou a Fremona situada em o Reino do Tigre, e nela asistio algum tempo exercitando o seu apostolico ministerio com incansavel zelo e vigilância. Sucedendo no Impº. da Etiopia por morte do Sultão Segued seu filho Facilidas, como apostasse da fé prometida no baptismo se declarou fautor dos erros de Alexandria mandando em o ano de 1634, com gravissimas penas, que fossem expulsos de todo o seu Imperio os professores dos Dogmas da Igreja Romana. Não intimidou esta furiosa tormenta o coração do operário Evangélico pª. deixar de confirmar na fé aos filhos da sua doutrina sendo-lhe preciso para que não fosse conhecido mudar constantemente de habitação e vestido e por varias vezes ocultou-se nas cavernas dos montes e na espessura dos bosques. Querendo o Ceu premiar as suas virtuosas acções com a coroa do martírio permitio, que ao tempo que estava doutrinando aos cristãos fosse acometido improvisamente de 150 cismaticos, armados de varias armas ofensivas, e arremetendo tumultuariamente contra o venerável padre lhe trespassaram o peito com duas lançadas por onde saiu o seu espirito a lograr a eternidade gloriosa a 25 de Abril de 1635, quando contava 42 anos de idade e 28 de Compª..
Fazem honorificamente memoria do seu nome. Tanner, Soc. Jesu ad sang. et vit. profus milit. pag 139.  Rho, var. virt. Hist. lib 6, cap 5, etc....
João Soares de Brito: Theatr. Lusit. Litter. lit. g. nº 26.
Escreveo:
“Carta annua da Etiopia escrita da Residencia de Thamghá ao P.e Geral Mucio Vitallechi em 15 de Julho de 1625” da qual imprimiu grande parte o P.e Manoel da Veiga.


XII - Padre António de Sousa


Natural da Covilhã, seus pais foram Paulo de Figueiredo de Almeida e D. Inês de Sousa. Entrou na Companhia aos 19 de Janeiro de 1604, com 15 anos de idade.  (nasceu em 1589)
Passou à India em 1609.
Acabou os estudos em Macau.
Tomou ordens em Malaca.
Em 1616 entrou no Japão e havendo suspeita que era da Companhia foi desterrado. Foi alguns anos Procurador da Província do Japão.
Depois, disfarçado em trajo de marinheiro, voltou às Ilhas, onde andou 5 anos numa barca e padeceu incómodos gravíssimos. Andando a confortar os cristãos foi preso em Osaca. Deram-lhe tratos de água, fazendo-lhe beber muita e depois lançá-la pela boca com violência. Carregado de ferros foi levado a Nagazaqui e posto no tormento das covas no qual perseverou vivo sem comer coisa alguma nove dias. Pasmavam muito disto os guardas que o vigiavam, compadecendo-se do seu trabalho; mas o padre se compadecia deles pela moléstia que por causa de seu ofício tinham.
Acabou aos 26 de Outubro de 1633.


Covilhã - Fachada da Igreja de Santiago.
O grupo escultórico da direita representa o martírio do Padre António de Sousa.
Fotografia de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias

XIII - P. Sebastião de Figueiredo (1)

Público instrumento de auto de posse em 1662, em 9 de Outubro, no sítio da trabalhjnha, onde foi o t.ªm, sendo presente por procurador de sua filha Beatriz de figueiredo, Antº. Pais da Costa, andou pelo dito olival e souto referido na escritura atraz, tomando posse, T.ªs Domingos mateus e Manuel Gonçalves, d’Alcaria,
a)            Manuel Barreiros
a)            Antº. Paez da Costa
De D.ºs + Mateus
+ M.el frz.

1662
Público instrumento de poder e procuração, feito no ano de 1662, em 17 de Julho, em cazas das moradas de Antº. paes da Costa, pelo P.e Sebastiam de Figueiredo, da Compª. de Jesus, da provincia do Brazil, que era prezente, com livre e geral administração e com poder de substabelecer, ao dito Antº da Costa, entre outros pª. poder por acções contra as pessoas que lhe deverem dívidas pelo arrendamento de sua fazenda, cobrar e arrecadar a sua fazenda que lhe coube por partilhas de seu pai e mãe etc.
T.ªs João Mendes Pinheiro, moço solteiro, fº. de Maria da Serra, viuva e m.ºra nesta v.ª e manoel Fernandes moço solteiro fº de guiomar Rodrigues, tambem m.ºrs nesta vila.
T.ªm Manoel Barreiros que serve por provimento do Corregedor da Com. da Guarda.
Treslado – 21/Outº/1662
(sinal)

3
Sentença de Sorte proferida pelo Doutor Manoel Pereira de Barredo (sic), juiz dos orfãos na Covilhã, ê partilhas que se fizeram por morte de Miguel de Figueiredo, marido que foi de Beatriz Coutinha, m.ºres em Covilhã, que foram feitas pelos partidores dos orfãos Luiz ... e Manuel de Gouveia de pina, e declaradas por boas por despacho de 17 de Junho 1656, na qual partilha se fez sorte de sebastiam o filho absente do defunto e lhe aconteceu da legitima de seu pai e da erança da sua avó Beatriz Ravasca 66.105 reis, os quais lhe deram no seguinte:
- umas terras que estão à trabalhinha, no limite de Alcaria que partem com Antº. Rodrigues, do dº. lugar em valia de xx ij mil rs.
- lhe aconteceo uma terra que esta aonde chamam a barroca de silva, no limite de alcaria, que parte com antº. João em treze mil rs.
- idem uma terra onde chamam as pousadas, com metade de seus pardieiros que parte com erdeiros de maria de figueiredo e com manoel fernandes neto e com caterina francisca – x mil rs.
- idem uma terra que está onde chamam a de maria afonso que parte com pero gonçalves .... e com terras do praso da levada – 8 mil rs.
- idem uma terra que esta aos Covões que parte com o ...., e entesta com fazenda do escrivão de aldea nova do cabo em valia de 3.000 rs.
- item uma terra que está onde chamão o cabeço da penha que parte com erdeiros de manoel Lopes e com domingos lopes e com erdeiros de manoel dias – 3.500 rs.
- um pequeno de terra que está a S. Longinho que parte com diogo fernandes do peso – mil rs.
- mais 3.750 rs que deve sua tia Mariana de figueiredo que lhe cabiam do que devia a sua mãe da fazenda desde que faleceu seu pai até ao presente.
- um pote e pio que serve de azeite – 600 rs.
- uma dorna pequena – 500 rs.
- 620 rs. que deve Antº. Rodrigues d’ alcaria de 2 alqueires de centeio e 300 rs. mais.
- uma fronha velha forada de pena, em 120 rs. e que ouvera em seu irmão Manoel – rs.

17/VI/1656
t.ªm francisco alvres fatella
                                               a) M.el prª. Berredo


4-
1º Requerimento do provedor e irmãos da S.ª Caza, pª. que lhes seja passada certidão e treslado do praso feito por Mariana de Figueiredo, viuva e sua filha beatriz de figueiredo, de uns chãos, a Gaspar Pires nogeira e sua m.er M.ª Rodrigues, todos desta vª. e constantes de notas do t.ªm Gonçalo Serrão da Rocha.

Despacho – assinado Feyo
Certidão – Gonçalo Serrão da Rocha, tªm publico de notas e Enqueredor nesta nota na Covilhã. por provimento do Corregedor da Comarca – certifica que no livro de notas que foi do t.ªm Pedro d’ Oliveira: Escritura de emprazamento e Phatiosim de uns chãos que lhe emprazaram Mariana de Figueiredo Dona veuva e sua filha Beatriz de figueiredo, de Covilhã, a Gaspar Pires Nogeira e sua molher Maria Rodrigues, desta V.ª, em 24 de Setº. de 1680. O primeiro chão está onde chamão o porto de Covilhã e parte com o Dr. Estevam Correia Xara e com vinha de Jorge de Serpa e da outra com herdeiros de Manoel de Gouveia de pina e com herdeiros de Luiz de Loureiro. o 2º está sito à Comenda e parte com fazenda do Lecencçeado Estevam Barbas, e seus irmãos, e com terras do Revº. Prior de S. Silvestre, todos desta Vª.. O chão do porto da Covilhã, paga todos os anos 2 alq. e meio de trigo à Stª. Caza da Misª..
- Pelo preço de 3.000 em cada um ano pagos pelo Natal e mais trez alqueires de sementes, feijões e grãos pelo S. Miguel.
os 2 alq. e meio do trigo à Misª. pagam-se sempre em quinze de Agosto e ficam tb. a cargo dos foreiros. “ ... tudo lhe pagaram Bom e de Receber, medidos pela medida do Conselho em caza delles cazeiros livre de todo o trebuto, e de annos fortuitos como sam peste fome guerra lagarta gafanhoto pulgam trovoadas com pedra e de outra falta que haia de Pam vinho azeite castanha ou de outras novidades de que Deos Nosso Senhor nos livre ...”
Hipotecas: eles cazeiros hipotecavam uma courela de terra, aonde chamam a de Pero Antam, lim. do Teixoso, que parte com Antº. francisco o Pombo, do mº. lugar e com terras de manoel da Costa da vª. de Sortelha; e outra courela de terra onde chamam a cruz de Treslesmontes no dº. limite, que parte com herdeiros de manoel Dias o Gaiolla e com Domingos frenands, o gil, ambos do Teixoso – Pela cazeira assinou a seu rogo Simam ferrejra sapateiro, mºr na Covilhã. T.ªs João Gomes e Francisco alvres, ambos oficiaes de carda, m.ºres nesta Vª.
T.ªm Pedro d’ Oliveira, tªm publico de notas na Covilhã, por S. A.
- treslado de Gonçalo Serrão da Rocha – 6/X/1721
sinal do tªm.

5-
Carta de sentença do juiz de fora dos orfãos na Covilhã, Doutor Manoel Monteiro de Sande e Souza da licença pedida pª. o que adiante se faz expressa menção, que em 23 de Junho de 1662, em casa do escrivão ao diante nomeado que este fez foi apresentada uma petição por Miguel (sic - deve ser Manoel) de Figueiredo e conforme meu despacho nela, pª. que na forma dele se tomasse presentação da dª. petição que dizia: Manoel de figueiredo filho que ficara de Miguel de figueiredo desta vª. que por ser de geração nobre e não tinha bens de que se sustentasse segundo sua qualidade se queria embarcar pª. as partes do Brazil em companhia de um seu irmão Religioso da Compª. de Jesus, e porque os bens que tinha de sua legitima importavam em trinta mil reis, os quais lhe era necessario vender pª. se preparar e não o podia fazer sem minha licença porque era menor de 25 anos, mª. pedia etc.
- despachou que ouvesse vista o L.do Valerio da Fonseca Pinto, advogado na Covilhã, que ele juiz nomeou como curador – 23 de Junho – 1662.
- Parecer do curador favorável: “Sou de parecer que o Snor. doutor juiS de fora dos orffaos dê ao supplicante a licença que pede porque os Bens são poucos e como se não pode sustentar com elles he bom caminho ho embarquarsse e assy se pratica entre as pessoas de sua qualidade ....” 24/VI/1662
Sentença favoravel em 26/VI/1662
publicada no mesmo dia
certidão da sentença – 27 de Junho
Escrivam dos orfaos que escreveu – Manoel Alvres Fatella, na Covilhã e seu termo.

6-
Carta de venda a senso e retro aberto, sem limitação de tempo, feita em 29 de Agosto de 1662, na Covilhã, em casas de Antonio Paes da Costa e sua .er Mariana de Figueiredo, que eram presentes, os quais venderam a Vicente Pinto de Gouveia e a sua mulher, m.res na Covilhã, 5 alq. de centeio, em cada um ano, per dia de Nª. Snrª. de Agosto, sobre as propriedades de raiz seguintes:
a) uma terra com suas oliveiras que estão ao cabeço dos barreiros, limite d’ alcaria, que parte com erdeiros de pero Gonçalves pissara e com fazenda do morgado d’ Alcongosta. por preço de 5$000 rs. à razão de 1$000 rs. por alqueire.
Certidão da siza aprezentada pelos compradores juiz de fora e presidente das cizas Dr. Matias fernandes maja
500 rs. de siza
Depositario das sizas – João da Silva
Escrivão das sizas – felipe caldeira
Tªs. Antº Rodrigues, barbeiro, dª Vª. e José Rodrigues, tambem de Covilhã
Tªm. Manoel Tavares Fatela.
Treslado do mesmo Manoel Tavares Fatela – em 30/VIII/1662 . Sinal

(Ao fundo com outra letra:
“estou pago e satisfeito desta escritura dos anos que a tive em meu poder e por verdade me asinei.
   ê Covilhã a 15 d’ Agosto de 1679 annos
Martim Mendes
                                            
7-
Doação entre Vivos

Público instrumento de doação entre vivos, feita no ano de 1662, em 16 de Julho, em casas de Antº. Pais da Costa, na Covilhã, pelo P.e Sebastiam de Figueiredo, religioso da Compª. de Jesus, da provincia do Brazil, a Beatriz de figueiredo pimentel, sua prima, filha de Antº. Pais da Costa, toda a fazenda assi movel como de raiz que se acha ser dele doador, por ela ser pobre e por lhe estar devendo muitas e boas obras assim à doada como a seu pai dela e tio dele testador, pª. seu dote e casamento ou estado de religiosa.
Tªs. Manoel fernandes, soltº, filho de Giomar rodrigues; e Antº. Antunes português (ou nunes como aparece na indicação da assinatura), m.ores nesta Vª.
Tªm. Manoel Barreiros, por provimento do Corregedor da comarqua.
treslado – 17/Outº/1662
tªm. Manoel Barreiros (sinal)

Auto de posse dado em publica forma, em 1663, aos 4 de janº, em alcaria, em casas que foram do Revº. Sebastiam de Figueiredo, foi dada posse de toda a fazenda que lhe pertencia a Beatriz de Figueiredo que ia com seu pai Antº. Pais da Costa, que era metade das ditas casas, porque a outra comprara seu pai a Manoel de Figueiredo, orfão, irmão do dº. padre Sebastiam; daí se foram ao sítio chamado ......, no dº lugar e aí foi dada posse de um souto com suas terras d’olival e chão de regadia, com sua preza e fonte; e daí se foram além da Ribª. da Meimoa, limite do fundão, em terras que chamam das pousadas, que eram do dito doador.
Tªs. Antº. Pires e Domingos Matheos, ambos de alcaria.
Tªm Domingos da Veiga
(este auto é o original)
a) Antº. Paes da Costa        Beatriz de fig.º pementel
                                 da testª. manoel pires
                                         (sinal)
                                                        Domingos da Veiga.


8-
Público instrumento de desistimento de fazenda para o abaixo dito e declarado, feito no ano de 1662, em 9 d’Outº. no lugar d’Alcaria, tº da V.ª da Covilhã, nas cazas e moradas de Antº. Rodrigues barryga, estando ele presente e sua m.er Luiza francisca disseram que eles livremente pagavam 13 alq. de trigo e 2 de senteio de foro em cada ano ao P.e Sebastiam de Figueiredo filho que ficou de Miguel Correa de figueiredo, que lhe couberam por partilhas feitas por morte do seu pai, o P.e Sebastião de figueiredo porque era religioso da Compª. de Jesus fizera doação de toda a sua fazenda e legítima a sua prima beatris Caldeira Pimentel, fª. de Antº. Pais da Costa e de Mariana de Figueiredo Castelo Branco, seus tios; ora eles desistentes não podiam pagar o dito foro “pellos tempos irem tam contrarios” desistiam das propriedades de que se paga o dito foro – que são: a) um olival de 20 oliveiras e seu cham de regadia com sua preza que leva 3 meios de linhaça de semeadura, e um souto com 16 ou 17 castanheiros, as quais duas propriedades estão a Trabalinha, limite deste lugar – p.te o olival com o padre Manoel figueira e com erdeiros da concha, e no cimo p.te com herdeiros de domingos mendes de loryga e da outra banda com joão Fernandes ...., e com o padre manoel da Fonseca d’alcomgosta e no fundo com o Rio Zezere. Destas 2 propriedades pagam só 11 de trigo e 2 de centº. porque os outros 2 restantes continuam pagando por serem sobre um pequeno de vinha, que está a S. Sebastiam deste lugar, que se obrigam a pagá-los à dª. Beatris de figueiredo pois estam nóutra escritura apartada. Assinou pela desistente Domingos mateus.
Tªs. Manoel Gonçalves, alfaiate e Gaspar fernandes m.ores em alcaria.
Tªm. Manoel Barreiros, público tªm. de notas na Covilhã por provimento do Corregedor da comarca. Procurador de Beatriz de fig.do Antº. Pais da Costa.
(Este treslado é de 20 de Outubro de 1662)


9-
Carta de Venda

Publico instrumento de carta de pura venda feita em 7 de Dezembro de 1665, no Fundão, por Manoel de Figueiredo Correa, soltº, fº que ficou de Miguel de Figueiredo, maior, n.al da Covilhã e residente em Lxª - a beatriz de Figueiredo, solteira, filha de Antº. Pais da Costa e de Mariana de Figueiredo Castelo Branco, m.ores na Covilhã, umas terras que estam no limite do lugar do fundam, que estam por baixo da ponte da Meimoa, a que chamam as pouzadas, que partem com ela compradora e com Vicente Pinto de Gouveia, da Covilhã, e com terras do Rev.do P.e Manoel da Fonseca Leitam, m.ºr em Alcongosta, por preço de 6.000 rs.
Certidão da Siza paga pela compradora: juiz de fora dos orfãos que tb. serve do geral e presidente das Cizas o Dr. Affonso Vaz de Aguillar; gaspar fernandes, depositario dos bens de raiz; 600 rs. de siza; escrivam das sizas, Antº. Rodrigues, por provimento do Corregedor da Comarca – 6/XII/1665.
Tªs José Machado, estudante, fº. de Manoel Machado de Pero Vizeu; e Manoel Rodrigues, soltº, fº de Domingos Fernandes Ratinho, natural de Covilhã..
Tªm. Manoel Gomes Castanho, tªm. publico de notas no Fundão.
Foi terminada a escritura a 8 de Dezembro.
                                   (Sinal)


Cortes do Meio
Fotografia de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias

10-
Sentença do Doutor Luiz De Valladares Souto Mayor juiz de fora, na Covilhã, pronunciada na acção de libelo deRaiz, em que foi autor Antonio Paes da Costa e sua filha Beatriz de Figueiredo Pimentel, como legitimo administrador, m.ºres na Covilhã, e R. o Capitam Manoel Antunes falcam, viuvo, m.ºr no Fundam, porque no ano de 1666 anos, 5 de Marso, na Covilhã e passo do concelho dela, pelo advogado dos autores L.do Manoel da Costa Lemos foi oferecido o libelo contra o R. – porteiro da vara Diogo da Silva apreguou o R; teor do libelo = Por doação do P.e Sebastião de Figueiredo, primo coirmão da a., veio a esta um pequeno cham com oliveiras, (que viera ao P.e Sebastião de Fig.do por morte de sua mãe Beatriz Coutinha), sito nos sitios das Cortes, limite de Alcaria, onde vai pª. sinco ou seis anos se intrometeu sem titulo algum o R., e não o quere largar aos autores.
Termo de desistimento feito em 30/3/1666, em cazas de Manoel Antunes Falcam o amzinheiro d’alcunha, onde disse ao escrivam que não queria tratar nem seguir a demanda que os AA. lhe moviam desistindo assim o dº. cham e oliveiras. Tªs. Mateus Gonçalves e Simam Martins, do Fundão.
Tªm. do judicial Matias Mendes de Siqueira.
Sentença do termo de desistimento
Covilhã 13/IV/1666
Sentença publicada em audiência de 7/V/1666
Diogo Luiz de Andrade, escrivam das execuções, desta vª.
   Condenado o Reu em custas, sellos e salario do letrado do Autor
                          Custas – 1.400 rs.

17/V/1666 – Matias Mendes de Siqueira

Nota dos editores - 1) Em 1659 encontramos o Padre Sebastião de Figueiredo a chefiar uma missão de jesuítas no Brasil. Os Holandeses já tinham sido expulsos e os jesuítas fundam com os índios a Missão de São João Baptista das Guaraíras, construindo uma Igreja e convento, formando a Aldeia de Guaraíras, mais tarde chamada Arez. Fica no Rio Grande do Norte.

Fontesvol 2 – Noviciado de Coimbra


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