Como encontrámos no espólio de Luiz Fernando Carvalho Dias uma pasta sobre Jesuítas covilhanenses ou que se fixaram na Covilhã, continuamos
hoje a publicar o tema a eles dedicado.
A
Companhia de Jesus foi fundada por Santo Inácio de Loyola que nasceu em 1491 no
País Basco – Azpeitia – e morreu em Roma em 1556.
Os
Jesuítas entram em Portugal no reinado de D. João III, através de Francisco Xavier e Simão
Rodrigues e tendo como pontos de partida Lisboa, Coimbra e Évora, toma nas suas
mãos o ensino e a organização da missionação das colónias.
Acompanhanhemos os Jesuítas nascidos na Covilhã em fins do
século XVI e princípios do XVII, sobre os quais temos alguns elementos importantes: uma ficha
e fotografias de originais – cartas, autógrafos ou profissões de fé e
documentos notariais.
XI - Padre
Gaspar Paes
Natural
da Covilhã, donde passando à India Oriental recebeu a roupeta da Compª. de
Jesus em Goa a 23 de Novº de 1607, com 14 anos.
“Tendo
ensinado pelo espaço de 3 anos letras humanas, como pedisse o Emperador da
Etiopia Sultão Segued alguns operarios evangelicos pª que conservassem no seu
imperio a Religião Romana contra os erros sismaticos de Alexandria, foi nomeado
pª. tão gloriosa empreza o qual saindo de Goa no fim do ano de 1623 embarcou
pelo mar Eritreo até chegar a Massuá a 26
de Maio de 1624 onde foi recebido pelo seu governador com todas as
significações d’aplauso e benevolência. Escoltado de quarenta turcos para não
ser acometido dos ladrões chegou a Fremona situada em o Reino do Tigre, e nela
asistio algum tempo exercitando o seu apostolico ministerio com incansavel zelo
e vigilância. Sucedendo no Impº. da Etiopia por morte do Sultão Segued seu
filho Facilidas, como apostasse da fé prometida no baptismo se declarou fautor
dos erros de Alexandria mandando em o ano de 1634, com gravissimas penas, que
fossem expulsos de todo o seu Imperio os professores dos Dogmas da Igreja
Romana. Não intimidou esta furiosa tormenta o coração do operário Evangélico
pª. deixar de confirmar na fé aos filhos da sua doutrina sendo-lhe preciso para
que não fosse conhecido mudar constantemente de habitação e vestido e por
varias vezes ocultou-se nas cavernas dos montes e na espessura dos bosques.
Querendo o Ceu premiar as suas virtuosas acções com a coroa do martírio
permitio, que ao tempo que estava doutrinando aos cristãos fosse acometido
improvisamente de 150 cismaticos, armados de varias armas ofensivas, e
arremetendo tumultuariamente contra o venerável padre lhe trespassaram o peito
com duas lançadas por onde saiu o seu espirito a lograr a eternidade
gloriosa a 25 de Abril de 1635, quando contava 42 anos de idade e 28 de
Compª..
Fazem
honorificamente memoria do seu nome. Tanner, Soc. Jesu ad sang. et vit.
profus milit. pag 139. Rho, var. virt.
Hist. lib 6, cap 5, etc....
João
Soares de Brito: Theatr. Lusit. Litter. lit. g. nº 26.
Escreveo:
“Carta
annua da Etiopia escrita da Residencia de Thamghá ao P.e Geral Mucio Vitallechi
em 15 de Julho de 1625”
da qual imprimiu grande parte o P.e Manoel da Veiga.
Natural da Covilhã,
seus pais foram Paulo de Figueiredo de Almeida e D. Inês de Sousa. Entrou na
Companhia aos 19 de Janeiro de 1604, com 15 anos de idade. (nasceu em 1589)
Passou à India em 1609.
Acabou os estudos em Macau.
Tomou ordens em Malaca.
Em 1616 entrou no Japão e havendo suspeita que era da
Companhia foi desterrado. Foi alguns anos Procurador da Província do Japão.
Depois, disfarçado em trajo de marinheiro, voltou às Ilhas,
onde andou 5 anos numa barca e padeceu incómodos gravíssimos. Andando a
confortar os cristãos foi preso em Osaca. Deram-lhe tratos de água, fazendo-lhe
beber muita e depois lançá-la pela boca com violência. Carregado de ferros foi
levado a Nagazaqui e posto no tormento das covas no qual perseverou vivo sem
comer coisa alguma nove dias. Pasmavam muito disto os guardas que o vigiavam,
compadecendo-se do seu trabalho; mas o padre se compadecia deles pela moléstia
que por causa de seu ofício tinham.
Acabou aos 26 de Outubro de 1633.
Covilhã - Fachada da Igreja de Santiago. O grupo escultórico da direita representa o martírio do Padre António de Sousa. Fotografia de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias |
XIII - P. Sebastião de Figueiredo (1)
Público instrumento de auto de posse em 1662,
em 9 de Outubro, no sítio da trabalhjnha, onde foi o t.ªm, sendo presente por
procurador de sua filha Beatriz de figueiredo, Antº. Pais da Costa, andou pelo
dito olival e souto referido na escritura atraz, tomando posse, T.ªs Domingos
mateus e Manuel Gonçalves, d’Alcaria,
a)
Manuel Barreiros
a)
Antº. Paez da Costa
De D.ºs + Mateus
+ M.el frz.
1662
Público instrumento de poder e procuração, feito no ano
de 1662, em 17 de Julho, em cazas das moradas de Antº. paes da Costa, pelo P.e
Sebastiam de Figueiredo, da Compª. de Jesus, da provincia do Brazil,
que era prezente, com livre e geral administração e com poder de substabelecer,
ao dito Antº da Costa, entre outros pª. poder por acções contra as pessoas que
lhe deverem dívidas pelo arrendamento de sua fazenda, cobrar e arrecadar a sua
fazenda que lhe coube por partilhas de seu pai e mãe etc.
T.ªs João Mendes Pinheiro, moço solteiro, fº. de Maria da
Serra, viuva e m.ºra nesta v.ª e manoel Fernandes moço solteiro fº de guiomar
Rodrigues, tambem m.ºrs nesta vila.
T.ªm Manoel Barreiros que serve por provimento do
Corregedor da Com. da Guarda.
Treslado – 21/Outº/1662
(sinal)
3
1º
Sentença de Sorte proferida pelo Doutor Manoel Pereira de
Barredo (sic), juiz dos orfãos na Covilhã, ê partilhas que se fizeram por morte
de Miguel de Figueiredo, marido que foi de Beatriz Coutinha, m.ºres em Covilhã,
que foram feitas pelos partidores dos orfãos Luiz ... e Manuel de Gouveia de
pina, e declaradas por boas por despacho de 17 de Junho 1656, na qual partilha
se fez sorte de sebastiam o filho absente do defunto e lhe aconteceu da
legitima de seu pai e da erança da sua avó Beatriz Ravasca 66.105 reis, os
quais lhe deram no seguinte:
- umas terras que estão à trabalhinha, no limite de Alcaria
que partem com Antº. Rodrigues, do dº. lugar em valia de xx ij mil rs.
- lhe aconteceo uma terra que esta aonde chamam a barroca
de silva, no limite de alcaria, que parte com antº. João em treze mil rs.
- idem uma terra onde chamam as pousadas, com metade de
seus pardieiros que parte com erdeiros de maria de figueiredo e com manoel
fernandes neto e com caterina francisca – x mil rs.
- idem uma terra que está onde chamam a de maria afonso que
parte com pero gonçalves .... e com terras do praso da levada – 8 mil rs.
- idem uma terra que esta aos Covões que parte com o ....,
e entesta com fazenda do escrivão de aldea nova do cabo em valia de 3.000 rs.
- item uma terra que está onde chamão o cabeço da penha que
parte com erdeiros de manoel Lopes e com domingos lopes e com erdeiros de
manoel dias – 3.500 rs.
- um pequeno de terra que está a S. Longinho que parte com
diogo fernandes do peso – mil rs.
- mais 3.750 rs que deve sua tia Mariana de figueiredo que
lhe cabiam do que devia a sua mãe da fazenda desde que faleceu seu pai até ao
presente.
- um pote e pio que serve de azeite – 600 rs.
- uma dorna pequena – 500 rs.
- 620 rs. que deve Antº. Rodrigues d’ alcaria de 2
alqueires de centeio e 300 rs. mais.
- uma fronha velha forada de pena, em 120 rs. e que ouvera
em seu irmão Manoel – rs.
17/VI/1656
t.ªm francisco alvres fatella
a) M.el prª. Berredo
4-
1º Requerimento do provedor e irmãos da S.ª Caza, pª. que
lhes seja passada certidão e treslado do praso feito por Mariana de Figueiredo,
viuva e sua filha beatriz de figueiredo, de uns chãos, a Gaspar Pires nogeira e
sua m.er M.ª Rodrigues, todos desta vª. e constantes de notas do t.ªm Gonçalo
Serrão da Rocha.
Despacho – assinado Feyo
Certidão – Gonçalo Serrão da Rocha, tªm publico de notas e
Enqueredor nesta nota na Covilhã. por provimento do Corregedor da Comarca –
certifica que no livro de notas que foi do t.ªm Pedro d’ Oliveira: Escritura de
emprazamento e Phatiosim de uns chãos que lhe emprazaram Mariana de Figueiredo
Dona veuva e sua filha Beatriz de figueiredo, de Covilhã, a Gaspar Pires
Nogeira e sua molher Maria Rodrigues, desta V.ª, em 24 de Setº. de 1680. O
primeiro chão está onde chamão o porto de Covilhã e parte com o Dr. Estevam
Correia Xara e com vinha de Jorge de Serpa e da outra com herdeiros de Manoel
de Gouveia de pina e com herdeiros de Luiz de Loureiro. o 2º está sito à
Comenda e parte com fazenda do Lecencçeado Estevam Barbas, e seus irmãos, e com
terras do Revº. Prior de S. Silvestre, todos desta Vª.. O chão do porto da
Covilhã, paga todos os anos 2 alq. e meio de trigo à Stª. Caza da Misª..
- Pelo preço de 3.000 em cada um ano pagos pelo Natal e
mais trez alqueires de sementes, feijões e grãos pelo S. Miguel.
os 2 alq. e meio do trigo à Misª. pagam-se sempre em quinze
de Agosto e ficam tb. a cargo dos foreiros. “ ... tudo lhe pagaram Bom e de
Receber, medidos pela medida do Conselho em caza delles cazeiros livre de todo
o trebuto, e de annos fortuitos como sam peste fome guerra lagarta gafanhoto
pulgam trovoadas com pedra e de outra falta que haia de Pam vinho azeite
castanha ou de outras novidades de que Deos Nosso Senhor nos livre ...”
Hipotecas: eles cazeiros hipotecavam uma courela de terra,
aonde chamam a de Pero Antam, lim. do Teixoso, que parte com Antº. francisco o
Pombo, do mº. lugar e com terras de manoel da Costa da vª. de Sortelha; e outra
courela de terra onde chamam a cruz de Treslesmontes no dº. limite, que parte
com herdeiros de manoel Dias o Gaiolla e com Domingos frenands, o gil, ambos do
Teixoso – Pela cazeira assinou a seu rogo Simam ferrejra sapateiro, mºr na
Covilhã. T.ªs João Gomes e Francisco alvres, ambos oficiaes de carda, m.ºres
nesta Vª.
T.ªm Pedro d’ Oliveira, tªm publico de notas na Covilhã,
por S. A.
- treslado de Gonçalo Serrão da Rocha – 6/X/1721
sinal do tªm.
5-
Carta de sentença do juiz de fora dos orfãos na Covilhã,
Doutor Manoel Monteiro de Sande e Souza da licença pedida pª. o que adiante se
faz expressa menção, que em 23 de Junho de 1662, em casa do escrivão ao diante
nomeado que este fez foi apresentada uma petição por Miguel (sic - deve ser
Manoel) de Figueiredo e conforme meu despacho nela, pª. que na forma dele se
tomasse presentação da dª. petição que dizia: Manoel de figueiredo filho que
ficara de Miguel de figueiredo desta vª. que por ser de geração nobre e não
tinha bens de que se sustentasse segundo sua qualidade se queria embarcar pª.
as partes do Brazil em companhia de um seu irmão Religioso da Compª. de Jesus,
e porque os bens que tinha de sua legitima importavam em trinta mil reis, os
quais lhe era necessario vender pª. se preparar e não o podia fazer sem minha
licença porque era menor de 25 anos, mª. pedia etc.
- despachou que ouvesse vista o L.do Valerio da Fonseca
Pinto, advogado na Covilhã, que ele juiz nomeou como curador – 23 de Junho –
1662.
- Parecer do curador favorável: “Sou de parecer que o Snor.
doutor juiS de fora dos orffaos dê ao supplicante a licença que pede porque os
Bens são poucos e como se não pode sustentar com elles he bom caminho ho
embarquarsse e assy se pratica entre as pessoas de sua qualidade ....” 24/VI/1662
Sentença favoravel em 26/VI/1662
publicada no mesmo dia
certidão da sentença – 27 de Junho
Escrivam dos orfaos que escreveu – Manoel Alvres Fatella,
na Covilhã e seu termo.
6-
Carta de venda a senso e retro aberto, sem limitação de
tempo, feita em 29 de Agosto de 1662, na Covilhã, em casas de Antonio Paes da
Costa e sua .er Mariana de Figueiredo, que eram presentes, os quais venderam a
Vicente Pinto de Gouveia e a sua mulher, m.res na Covilhã, 5 alq. de centeio,
em cada um ano, per dia de Nª. Snrª. de Agosto, sobre as propriedades de raiz
seguintes:
a) uma terra com suas oliveiras que estão ao cabeço dos
barreiros, limite d’ alcaria, que parte com erdeiros de pero Gonçalves pissara
e com fazenda do morgado d’ Alcongosta. por preço de 5$000 rs. à razão de 1$000
rs. por alqueire.
Certidão da siza aprezentada pelos compradores juiz de fora
e presidente das cizas Dr. Matias fernandes maja
500 rs. de siza
Depositario das sizas – João da Silva
Escrivão das sizas – felipe caldeira
Tªs. Antº Rodrigues, barbeiro, dª Vª. e José Rodrigues,
tambem de Covilhã
Tªm. Manoel Tavares Fatela.
Treslado do mesmo Manoel Tavares Fatela – em 30/VIII/1662
. Sinal
(Ao fundo com outra letra:
“estou pago e satisfeito desta escritura dos anos que a
tive em meu poder e por verdade me asinei.
ê Covilhã a 15
d’ Agosto de 1679 annos
Martim Mendes
7-
Doação entre Vivos
Público instrumento de doação entre vivos, feita no ano
de 1662, em 16 de Julho, em casas de Antº. Pais da Costa, na Covilhã, pelo
P.e Sebastiam de Figueiredo, religioso da Compª. de Jesus, da
provincia do Brazil, a Beatriz de figueiredo pimentel, sua prima,
filha de Antº. Pais da Costa, toda a fazenda assi movel como de raiz que se
acha ser dele doador, por ela ser pobre e por lhe estar devendo muitas e boas
obras assim à doada como a seu pai dela e tio dele testador, pª. seu dote e casamento
ou estado de religiosa.
Tªs. Manoel fernandes, soltº, filho de Giomar rodrigues; e
Antº. Antunes português (ou nunes como aparece na indicação da assinatura),
m.ores nesta Vª.
Tªm. Manoel Barreiros, por provimento do Corregedor da
comarqua.
treslado – 17/Outº/1662
tªm. Manoel Barreiros (sinal)
Auto de posse dado em publica forma, em 1663, aos 4 de
janº, em alcaria, em casas que foram do Revº. Sebastiam de Figueiredo,
foi dada posse de toda a fazenda que lhe pertencia a Beatriz de Figueiredo que
ia com seu pai Antº. Pais da Costa, que era metade das ditas casas, porque a
outra comprara seu pai a Manoel de Figueiredo, orfão, irmão do dº. padre
Sebastiam; daí se foram ao sítio chamado ......, no dº lugar e aí foi dada
posse de um souto com suas terras d’olival e chão de regadia, com sua preza e
fonte; e daí se foram além da Ribª. da Meimoa, limite do fundão, em terras que
chamam das pousadas, que eram do dito doador.
Tªs. Antº. Pires e Domingos Matheos, ambos de alcaria.
Tªm Domingos da Veiga
(este auto é o original)
a) Antº. Paes da Costa Beatriz de fig.º pementel
da testª.
manoel pires
(sinal)
Domingos da Veiga.
8-
Público instrumento de desistimento de fazenda
para o abaixo dito e declarado, feito no ano de 1662, em 9 d’Outº. no lugar
d’Alcaria, tº da V.ª da Covilhã, nas cazas e moradas de Antº. Rodrigues
barryga, estando ele presente e sua m.er Luiza francisca disseram que eles
livremente pagavam 13 alq. de trigo e 2 de senteio de foro em cada ano ao P.e
Sebastiam de Figueiredo filho que ficou de Miguel Correa de figueiredo,
que lhe couberam por partilhas feitas por morte do seu pai, o P.e Sebastião de
figueiredo porque era religioso da Compª. de Jesus fizera doação de toda a sua
fazenda e legítima a sua prima beatris Caldeira Pimentel, fª. de Antº. Pais da
Costa e de Mariana de Figueiredo Castelo Branco, seus tios; ora eles
desistentes não podiam pagar o dito foro “pellos tempos irem tam contrarios”
desistiam das propriedades de que se paga o dito foro – que são: a) um olival
de 20 oliveiras e seu cham de regadia com sua preza que leva 3 meios de linhaça
de semeadura, e um souto com 16 ou 17 castanheiros, as quais duas propriedades
estão a Trabalinha, limite deste lugar – p.te o olival com o padre Manoel
figueira e com erdeiros da concha, e no cimo p.te com herdeiros de domingos
mendes de loryga e da outra banda com joão Fernandes ...., e com o padre manoel
da Fonseca d’alcomgosta e no fundo com o Rio Zezere. Destas 2 propriedades
pagam só 11 de trigo e 2 de centº. porque os outros 2 restantes continuam
pagando por serem sobre um pequeno de vinha, que está a S. Sebastiam deste
lugar, que se obrigam a pagá-los à dª. Beatris de figueiredo pois estam nóutra
escritura apartada. Assinou pela desistente Domingos mateus.
Tªs. Manoel Gonçalves, alfaiate e Gaspar fernandes m.ores
em alcaria.
Tªm. Manoel Barreiros, público tªm. de notas na Covilhã por
provimento do Corregedor da comarca. Procurador de Beatriz de fig.do Antº. Pais
da Costa.
(Este treslado é de 20 de Outubro de 1662)
9-
Carta de Venda
Publico instrumento de carta de pura venda feita
em 7 de Dezembro de 1665, no Fundão, por Manoel de Figueiredo Correa,
soltº, fº que ficou de Miguel de Figueiredo, maior, n.al da Covilhã e residente
em Lxª - a beatriz de Figueiredo, solteira, filha de Antº. Pais da Costa e de
Mariana de Figueiredo Castelo Branco, m.ores na Covilhã, umas terras que estam
no limite do lugar do fundam, que estam por baixo da ponte da Meimoa, a que
chamam as pouzadas, que partem com ela compradora e com Vicente Pinto de
Gouveia, da Covilhã, e com terras do Rev.do P.e Manoel da Fonseca Leitam, m.ºr
em Alcongosta, por preço de 6.000 rs.
Certidão da Siza paga pela compradora: juiz de fora dos
orfãos que tb. serve do geral e presidente das Cizas o Dr. Affonso Vaz de
Aguillar; gaspar fernandes, depositario dos bens de raiz; 600 rs. de siza;
escrivam das sizas, Antº. Rodrigues, por provimento do Corregedor da Comarca –
6/XII/1665.
Tªs José Machado, estudante, fº. de Manoel Machado de Pero
Vizeu; e Manoel Rodrigues, soltº, fº de Domingos Fernandes Ratinho, natural de
Covilhã..
Tªm. Manoel Gomes Castanho, tªm. publico de notas no
Fundão.
Foi terminada a escritura a 8 de Dezembro.
10-
Sentença do Doutor Luiz De Valladares Souto Mayor juiz de
fora, na Covilhã, pronunciada na acção de libelo deRaiz, em que foi autor
Antonio Paes da Costa e sua filha Beatriz de Figueiredo Pimentel, como legitimo
administrador, m.ºres na Covilhã, e R. o Capitam Manoel Antunes falcam, viuvo,
m.ºr no Fundam, porque no ano de 1666 anos, 5 de Marso, na Covilhã e passo do
concelho dela, pelo advogado dos autores L.do Manoel da Costa Lemos foi oferecido
o libelo contra o R. – porteiro da vara Diogo da Silva apreguou o R; teor do
libelo = Por doação do P.e Sebastião de Figueiredo, primo coirmão da a.,
veio a esta um pequeno cham com oliveiras, (que viera ao P.e Sebastião de
Fig.do por morte de sua mãe Beatriz Coutinha), sito nos sitios das Cortes,
limite de Alcaria, onde vai pª. sinco ou seis anos se intrometeu sem titulo
algum o R., e não o quere largar aos autores.
Termo de desistimento feito em 30/3/1666, em
cazas de Manoel Antunes Falcam o amzinheiro d’alcunha, onde disse ao escrivam
que não queria tratar nem seguir a demanda que os AA. lhe moviam desistindo
assim o dº. cham e oliveiras. Tªs. Mateus Gonçalves e Simam Martins, do Fundão.
Tªm. do judicial Matias Mendes de Siqueira.
Sentença do termo de desistimento
Covilhã 13/IV/1666
Sentença publicada em audiência de 7/V/1666
Diogo Luiz de Andrade, escrivam das execuções, desta vª.
Condenado o Reu em
custas, sellos e salario do letrado do Autor
Custas
– 1.400 rs.
17/V/1666 – Matias Mendes de Siqueira
Nota dos editores - 1) Em 1659 encontramos o Padre Sebastião de Figueiredo a chefiar uma missão de jesuítas no Brasil. Os Holandeses já tinham sido expulsos e os jesuítas fundam com os índios a Missão de São João Baptista das Guaraíras, construindo uma Igreja e convento, formando a Aldeia de Guaraíras, mais tarde chamada Arez. Fica no Rio Grande do Norte.
Fontes - vol 2 – Noviciado de Coimbra
Nota dos editores - 1) Em 1659 encontramos o Padre Sebastião de Figueiredo a chefiar uma missão de jesuítas no Brasil. Os Holandeses já tinham sido expulsos e os jesuítas fundam com os índios a Missão de São João Baptista das Guaraíras, construindo uma Igreja e convento, formando a Aldeia de Guaraíras, mais tarde chamada Arez. Fica no Rio Grande do Norte.
Fontes - vol 2 – Noviciado de Coimbra
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