Recordando Pedro Álvares Cabral num passeio a Belmonte em 2012 e outro na década de Sessenta do século Vinte:
O Castelo |
O Castelo |
O Castelo, a Torre de Menagem, uma janela manuelina, uma cruz |
Torre Sineira |
Pormenor da Torre Sineira |
Panteão dos Cabrais e Igreja de S. Tiago
(Folheto da Câmara Municipal de Belmonte)
(Folheto da Câmara Municipal de Belmonte)
O interior da Igreja de S. Tiago |
Na Capela-mor existe uma pintura mural do século XVI, representando Nossa Senhora, S. Tiago e S. Pedro |
Reprodução de pintura mural |
Diz-nos Luiz Fernando Carvalho Dias: "Desde os tempos de Maria Gil que existia na Igreja de S. Tiago de Belmonte a Capela da Senhora da Piedade, com uma impressionante imagem dos fins do século XIV, talhada em granito e policromada.
Depois de 1437 essa capela, cuja forma desconhecemos, cedeu o lugar a uma capela gótica, cujos capitéis trabalhados invocam episódios da vida de Fernão d’ Álvares Cabral. Daí concluímos que a arca tumular junta, guarda a sua nobre ossada, decerto trazida de Tânger, para consolação da viúva e dos filhos e homenagem póstuma ou do Rei, ou do Infante D. Henrique. Num dos capitéis surge uma figura de soldado oferecendo o seu corpo em defesa de outra figura que afasta para a rectaguarda. O sacrificado aparenta ser homem de trinta a quarenta anos, a presumível idade de Fernão d’ Álvares Cabral, a quando do seu sacrifício.
Outro capitel representa um enorme peixe mordendo um homem, imagem decerto da peste, no mar, de que ele foi vítima, antes da tomada de Ceuta.
Uma das ombreiras da frente ostenta um escudo real que poderia também ser o escudo do Infante D. Henrique se, as bordas carcomidas não vedassem a conclusão precisa. Este escudo é encimado por uma grande mão protectora que suavemente o domina entre as folhas de acanto.
De Fernão Álvares Cabral guarda Belmonte este impressionante monumento que decerto sagraria indelevelmente para os combates da honra e da Pátria a mocidade de Pedro Álvares como o mais belo feito da fidelidade Cabralina. Uma procuração de Fernão Álvares Cabral, passada em Gouveia por Gil Fernandes, tabelião por El-Rei e a doação régia de Moimenta da Serra e algumas referências à sua estadia em Viseu, concluem o seu rasto ainda visível na nossa província.
Fernão Cabral, filho deste Fernão d’ Álvares Cabral, foi o pai do achador das terras de Vera Cruz." (1)
Capela de Nossa Senhora da Piedade Fotografia de Luiz Fernando Carvalho Dias (Década de Sessenta do século XX) |
Capela de Nossa Senhora da Piedade (românico-gótica), onde se encontra a Pietá (escultura monolítica) e o túmulo armoriado de D. Maria Gil Cabral |
A Pietá |
S. Sebastião, e não N. Senhora da Esperança Fotografia de Luiz Fernando Carvalho Dias (Década de Sessenta do século XX) |
Nossa Senhora da Esperança. Púlpito renascentista. Símbolos dos Cabrais e a vieira, símbolo de de S. Tiago Pia com a representação da prensa |
Luiz Fernando Carvalho Dias descreve a "primitiva capela tumular dos Cabrais, junto a S. Tiago de Belmonte, construída em mil quatrocentos e
oitenta e tal por Fernão Cabral.
Desta primitiva capela resta um arco gótico de boa traça, uma bela pedra de armas com três escudos, ostentando ao centro as cabras passantes guardadas pelas prensas.
Eram as prensas, então, as armas de domínio da vila de Belmonte. Evocavam a morte do filho dos alcaides do Castelo, sacrificado pelos sitiantes, ao coagirem em vão o pai à entrega da vila. Sobre as prensas a alma do escudo belmontense: Tudicula Passus, ou seja, em romance, a mó do suplício.
Restam ainda dois túmulos da primitiva capela de Fernão Cabral: um com as armas dos Gouveias guardando, segundo parece, os restos mortais dos pais e do irmão de D. Isabel; outro, com as maças d’armas do Gigante da Beira, guardando as ossadas de Fernão Cabral e de sua mulher." (2)
Arca tumular com as cinzas de Pedro Álvares Cabral, retiradas do seu Túmulo na Igreja da Graça em Santarém |
Túmulo de Fernão Cabral e de Isabel de Gouveia, pais de Pedro Álvares Cabral Fotografia de Luiz Fernando Carvalho Dias (Década de Sessenta do século XX) |
A inscrição revela que o túmulo é de Fernão Cabral (6º alcaide-mor de Belmonte) e Nuno Fernandes Cabral (7º alcaide-mor de Belmonte) |
As fotografias a cores são de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias.
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Pelo projecto!
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