quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Covilhã - Infante D. Luís, 6º Senhor da Covilhã III



O Infante D. Luís é o 6º Senhor da Covilhã. (1) Nasceu a 3 de Março de 1506 e faleceu a 27 de Novembro de 1555. É o 4º filho de D. Manuel I e de D. Maria de Castela. Manifestou grande interesse pelas Artes, Ciências e Literatura. Conviveu com Pedro Nunes, D. João de Castro e Gil Vicente, entre outros. Foi Duque de Beja, senhor de outras cidades, condestável do Reino, fronteiro-mor da comarca Entre Tejo e Guadiana. Foi grão-prior do Crato e da Ordem de Malta.
D. Luís contra a vontade do seu irmão, o rei D. João III, tomou parte na conhecida expedição de Carlos V contra Tunis em 1530. (2)

Luiz Fernando Carvalho Dias, deixou-nos vários documentos da época do 6º senhor da Covilhã:

O L.do Fr.co da fomsequa Juiz de fora cõ / allçada nesta vylla de Covylhã pllo / Ifãte dom luiz noso senõr e ho l.do symão / guomez he fernão de anes e pº da rosa / caval.ros vereadores ẽ a dita vylla e João / de Fig.do outrosy caval.ro e p.dor deste / cõcelho fazemos saber aos q̆ esta car/ta vyrẽ como ã.te nós perecẽo / João aº m.ºr na dita villa he nos dise co/mo hell se q̆ria hobrjgar e de feyto se / hobrygou a mãdar cortar no talho / dos nobres della este presẽte año tre/zẽtos boys he vaquas e duas mill cabe/ças de gado meudo de lã he cabello e q̆ se temya q̆ … da hordenação del / Rey noso snõr de hos nõ dejxar de cõ/prar nẽ trazer q̆ nos Req̆ria da parte / de sua allteza q̆ nos lhe mãdase/mos pasar noSa carta ẽ forma / pºr homde helle seguram.te po/dese cõprar he trazer o djto gado / vaqum he meudo e v.tº p nós / seu Reqrym.to ser justo lhe demos / juram.to dos sãtos avãgelhos he //
// lhe fizemos pgũta pello dito jura/m.to se qurya elle o dito gado vaqum he / meudo pª mãdar cortar na dita / villa se pª outra allgũa cosa he / p elle foy dito pllº juram.to q̆ Recebeu / q̆ ho nõ qurya senão pª mãdar cor/tar como hera obriguado he ẽ sua / obrigação se cõtinha e v.tº p nos / seu Reqrymẽto lhe mãdamos pasar / a presẽte carta cõforme ha / sua obrigação plla q̆ual lhe Req̆e/remos da p.te del Rey noso sñor / e da nosa pedymos por m̆çẽ a vos / snõres juízes he justyças deste Reyno / q̆ dyxeis cõprar he trazer ao dito João / aº e ha seus cryados q̆ cõ elle forẽ / o dito gado q̆ nesta carta se cõtem / sẽ lhe a elle poredes (sic) duvyda nẽ ẽbar/guo allgũ p q̆ãnto ho nõ q̆uer / senão pª o q̆ dito he e de hos vos (?) /  asi fazerdes fareis justª o q̆ / todos hobriguados somos fazer / o q̆ nos fazemos p suas cartas / he roguos quãdo das suas (?) partes //

II –
// nos for Requerydo e da dellygẽ/cya q̆ ha p.te fizer na cõpra / do dito gado meudo he vaqũm nollo / farão saber nas costas desta cõfor/me ha hordenação e esta nõ / valha mais q̆ tres meses da feytura della a tres meses ….. sĕgu.tes e p certeza dello lhe mãdamos / pasar esta p nos asinada e a / selada cõ ho selo desta villa Feyta / ẽ ella aos Seis dias do mês de março / ….. p Fernão carva/lho escrivão da câmara da dita / vylla a fez ….. he quinhẽtos he cỹ/quoẽnta he ….. anos. Eu fernão Car(valho) …….
a)      ffernam Carvalho
a) Gometius L atus    a)- Jº de Fygeyredo         a) fernam deanes
                                                                       a) Jº da Rosa

sobre este caso acordã os sñors juiz / e xadores q̆ o requerente olhe / p esta villa e leve os bois e vacas e / gado meudo q̆ achar e do q̆l p.ªs e cõ ysto f.tº / pedyãm como lhe parecer Isto a dez dias de / dezbro luis.

II – vº

posa cõprar o sopricãte nesta viylla e termo oyten/ta carnynhos som.te sem mais outro guado nenhũ / so pena do perder oje x iiy de março de 554/
a)      Pº fre

e al p.de (?) a q̆ comprar seram obryguados de / tres ….. vyrem asemtar o q̆ vemderam /
                (a) assinatura ilegível)

              vyra decrarar a quẽ comprou e / quãtos leva …. pena
a)      aº dĩz montr.rº
selo bis

q̆ livrem.te / …. a posa quõprar / nesta vjla e seu termo o gado / q̆ hachar quõtanto q̆ ho ga/do q̆ hachar no lo fara saber / quãto he e as pesoas q̆ lho vem/derem
a) lº gllz                a) Joã alz
a) Dº Roiz

III-

   A quãtos esta certidam vyrem / diguo eu amtonjo Roiz espvão / da Camara nesta vila de bellm.te q̆ he verdade q̆ ho antº aº m.or / na vyla de quovilham aprese/semtou hua carta de vyzi/nho … aos juíz e vere/adores e procurador desta / vila em q̆ue lhes pedia ne/la lhe dej/xarem quõprar / ho gado q̆ nesta vyla e seu / termo achase e vysta / a carta mãdaram q̆ / se quõprise e q̆ do gado q̆ / hachase a (sic) as p.ªs ho quõ/prase lhes fizese … saber / quãto era e as p.ªs q̆ ho vem/diam e p ele foy dito q̆ nã / acharam mais q̆ coremta / e tres carneiros hos quais / lhe vemdia o snõr nº frz Ca/brall allcayde mor desta / vyla e por ser verdade / mãdaram a mjm espvão / q̆ lhe dese esta certidam / p mjm fejta e asinada//

III- vº

// e por ser verdade ello quõ/prar os ditos quoremta e trez / carn.ros e ficarem quõ a / carta Rigistados no livro / dos Registos desta vyla lhe / dey esta certydam p mjm feita / e asinada oje vimte e sete / dias de março de mill e quj/nhemtos e cimquoenta e qua/tro anos
a)      ãntº. Roiz

A quãtos esta ordẽ de mỹ …… ãndre / nunez espão da camara neste ….cº. de / …… faço saber q̆ amtº aº. cõ/theudo nesta carta atras ………/……deste concelho doze digo treze / boys e vacas q̆ lhe derã L.çª na / Camara deste concelho pª. hos cõ/prar e levar pª. a vila de / Covylhã hos quais ……/......... desta carta L.çª / da dita camara ……. dela e por q̆ue ora registou / a dita carta …………………….
...................................................... oje / aos quatro dias do mês dabrill a / ano do nacim.to de noso snor Jhũ / Xp̆o de mjll e qujnhẽtos e cjmquẽ/ta e quatro anos
                                      ãdré
                                      nunez
 (Á margem e ao atravessar:) L.çª a tres djas dabrill pª ................. de/ ....................................../

IV

aos vynte e hũ dias do mês dabryll do ano / de myll e quynhẽtos he corenta (?) qua/tro años no lluguar de casall e meyos tº de Rjo / de moynhos he moradas de mjm t.am ystãdo / hy aí fernão glz vereador q̆ hora serve de juiz por ho / juiz hordinarjo ser fora do cõSeº e asy ystãdo / prisẽte tomas Frz houtrosy vereador no / dito cõse.º e pamte helles pareceo hũ ho/mẽ q̆ disia ser nome p amtº. aº. m.ºr na vy/la de Covilhãa he lhes apresẽtou ha / carta de vyzynhãoça atraz espta e lhes / Requereo que lhe dessẽ llycença pª neste / cõsẽº poder cõprar quatro boys e Lii (?) vacas / pª. ajuda e cõpryr sua hobrjguação hi / p.ª iso os snõres vereadores lhe derão llicença / q̆ possa neste c.º cõprar bis boys he n va/cas somẽte pello q̆ ho dito antº. aº. no /                       
( etc… sem importância )

B
I – Instrumento dado ptª y forma etc .. ano de 1538 a 20 de Outubro em a vila de Covilhã / em a casa da camara da dita vila / estando hi prsente o Lcº João Perdigam, juiz de fora da Covilhã, com alçada na dita villa pelo Infante D. Luís, com autoridade dell Rey noso Sñr e bem assim antonio de matos e Dioguo Mẽdes / vereadores o presente ano em a dita vi/la e bem asy miguel de queiroz pro/curador do Concelho e fazendo todos Camara / e logo os ditos vreadores he procu/rador foj dito ao dito Juiz q em poder / de mij escrivam ao diante nomeado / estavam os autos e treslado das do/açõis q ell Rey noso sõr dera e outor/gara ao dito Ifamte dom luiz / outrosy noso sõr e q hora a ca/mara da dita villa tinha nesse cy/dade do treslado de tudo pera se ajuntar / aho feito q ha dita camara enviou / ho Ldº Joam de vijdeyra morador / em pinhel e ....... a villa de / penamacor sobre os termos hê / que pº ello pediam a ello juiz q lh o mã/dase dar em pp.rª forma o que visto pº / ho dito Juiz mãdou a my escrivam q eu / lho dese asy e da m.rª q pº elles so/bre ditos pediam dos quais autos ho/......  ho ................/ ........... ho seguinte: II L.cº afonso / da Costa juiz de fora

II O Ldº Fr.cº da Fonseca juiz de fora cõ / alçada nesta villa de covilhã plo / Ifante dõ Luiz noso sõr e o L.dº João Guomes escrivão de

III – Dizem os juiz, vereadores e procurador ao Infante D. Luiz que os oficiais da vila há muitos anos estão em costume de tomar cada ano pregador para as coresmas e muitas vezes para todo ano e o pagam à custa das rendas do concelho pedem aja por bem continuar a fazer pª este ano.
Antes de o prover o Infante quer saber se os oficiais passados teem disso alguma provisão, quanto dinheiro se há de dar ao dito pregador, se não houver provisão há quanto tempo há esse costume e qual a quantia que aja de dar-se e se deu aos ditos pregadores.

E quanto ao que se lhe pediu noutra carta para que aja por bem confirmar o acordo que fizeram com o Ldº Joham Perdigam para dar a este o rendimento do poso (sic) e do vento que pertence a esse concelho a ele somente e não a outro nenhum juiz que depois dele for. Folga o Infante conhecer neles essa boa vontade para com o dito juiz e porque as rendas do concelho que não se podem aplicar senão aquilo para que foram destinadas há por bem que isso por agora se tenha por escusado a) Ifante D. Luiz
Évora 3/2/1537

IV – Viu o Infante a carta que os mesmos lhe escreveram sobre a renda do verde desta vª a qual por não ser arrendada ao Inf.te não é bem guardada, porquanto os rendeiros são obrigados a pagar os danos a seus donos das ....... há por bem visto as coisas que alegam o juiz e vereadores e como já outra vez o haviam requerido que se deve a dita renda d’arendar e não se ... plo concelho e manda que se arrende como no tempo passado se soia fazer.

E assim viu a carta e apontamentos sobre o negócio da sisa e mandará o Infante dar todo o favor aos requeridos pelos mesmos. scrita de Évora a xxbj de julho de 1536.
                                                    a) If. Dom Luiz

V- Diz o Infante que a sua partida para Tuniz, donde escreve foi tão rápida que não teve tempo de lho fazer saber ....................................................................
23 de Julho de 1535  (2)

VI- É o Infante informado que Pero d’Andrade que na Covilhã servia de vereador casou ora como ........ lá viver e não pode servir o dito cargo e para escusar fazer-se eleição agora de novo pelos ..................................... que disso .............. há por bem que Francisco Costa que  saiu na eleição que ...................... Infante D. Enrique seu irmão mandou fazer, sirva de vereador este ano pelo dito pero d’andrade ao qual primeiro que sirva o dito cargo sera dado juramento em camara segundo forma da ordenação.
em Lixboa  a ib de julho diogo de proença a fez 
a)      Infante D. Luiz
    1) http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2012/06/covilha-o-senhorio-ii.html
2)http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.com/2018/05/covilha-infante-d-luis-6-senhor-da.html

Fonte - Inventário dos manuscritos quinhentistas da Câmara da Covilhã, Nº 34,  pag 154 - 158

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