terça-feira, 4 de outubro de 2016

Covilhã - Luiz Fernando Carvalho Dias III

Lembrando Luiz Fernando Carvalho Dias, nosso Pai e Sogro, no 25º aniversário do seu falecimento:



Recordamos também a 1ª publicação do nosso blogue (1/5/2011):
 "Para não se perder toda a investigação histórica feita ao longo dos anos pelo covilhanense Luiz Fernando Carvalho Dias, os editores, seu filho e sua nora, resolveram criar este blogue, no XX aniversário da sua morte, para dar a conhecer aos interessados pela história da Covilhã, muita da documentação recolhida pelo seu familiar.
                        Luiz Fernando de Carvalho Dias nasceu na Covilhã, na freguesia da Conceição, em 2 de Março de 1914 e faleceu em Lisboa, na sua residência, em 4 de Outubro de 1991. Após ter concluído os estudos primários na sua cidade natal, seguiu para Espanha onde frequentou os estabelecimentos escolares dos Jesuítas, em San Martin de Trevejo, província de Cáceres e em La Guardia, na Galiza, por nessa época esta Ordem Religiosa estar impedida de leccionar em Portugal. Seguidamente rumou a Coimbra onde concluiu os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito. Veio a concluir em Lisboa a sua licenciatura em Direito, no ano de 1939, já como trabalhador estudante.
                         Foi notário e advogado em Moçambique, de onde regressou no fim de 1949. Em Lisboa foi investigador da Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar, depois Delegado do Governo junto da Federação Nacional dos Industriais de Lanifícios, organismo extinto com a Revolução de 25 de Abril de 1974 e, por fim, até à sua aposentação em 1984, foi investigador do quadro da Biblioteca Nacional de Lisboa.
                         Dedicou-se, desde muito cedo, à investigação histórica, tendo por objectivo além da história da sua cidade natal, tudo o que se relacionasse com a indústria dos lanifícios de que a Covilhã foi pioneira.
                        Publicou várias obras e colaborou em várias revistas, designadamente as da Faculdade de Direito da Universidade Coimbra e da Biblioteca da mesma Universidade, da Agência Geral do Ultramar e na “Revista dos Lanifícios” propriedade da Federação Nacional dos Industriais de Lanifícios.
                       
Eis as suas obras publicadas:

- “Frei Heitor Pinto”, Coimbra, 1954
- “A profissão e morte de D. Frei Francisco de Soveral, Bispo de Angola”, Lisboa, 1954
- “Os Lanifícios na Política Económica do Conde da Ericeira”, I, Lisboa, 1954 (Prémio Silva Marta, 1954, da Associação Comercial de Lisboa).
- “Fontes para a História, Geografia e Comércio de Moçambique”, (séc XVIII), Lisboa, 1954
- “As Ordenações da Índia”, Lisboa, 1955
- “A Relação das Fábricas de 1788”, Coimbra, 1955
- “Breve Notícia dos Documentos Manuscritos do Fundo Geral da Biblioteca Nacional de Lisboa – Índia e Expansão” (6 fascículos), Lisboa, 1954-56
- “O Ultramar Português nas Chancelarias Régias” – I, Lisboa, 1956
- "O Ultramar Português e a Expansão na África e no Oriente" - Lisboa, 1956
- “Notícia dos Documentos da Secção dos Reservados, Fundo Geral, da Biblioteca Nacional de Lisboa, respeitante às Províncias Ultramarinas de Angola, Cabo Verde, Guiné, Macau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor”, Lisboa, 1957
- “Luxo e Pragmáticas no Pensamento Económico do séc XVIII”, Coimbra, 1958
- “História dos Lanifícios, (1750-1834) – Documentos”, Vols I, II, III, IV e V, VI, Lisboa, 1958-1974
- “Cartas de Gonçalo da Cunha Villas Boas ao Conde da Ericeira, e outros documentos”, Lisboa, 1958
- “Forais Manuelinos do Reino de Portugal e do Algarve” – Edição do Autor, volumes da “Beira”, 1961, de “Trás-os-Montes”, 1961, da “Estremadura”, 1962, de “Entre Tejo e Odiana”, 1965 e de “Entre Douro e Minho”, 1969.
- “Algumas cartas do Doutor António Ribeiro dos Santos aos seus contemporâneos”, Coimbra, 1975
- “Inéditos de António Ribeiro dos Santos”, Coimbra, 1976
- Nota Introdutória à obra “Diálogo Espiritual”, edição fac-similada, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1983
- Leitura e integração do texto (com Fernando F. Portugal) e notícia bibliográfica, à obra “Micrologia Camoniana, de João Franco Barreto”, uma co-edição da INCM/Biblioteca Nacional, Lisboa, 1983
- Transcrição da obra “Crónica do Imperador Maximiliano”, Cod. 490, Col. Pombalina, - Romances Inéditos de Cavalaria, Biblioteca Nacional, Lisboa, 1983

                        Neste blogue iremos dar a conhecer alguns dos documentos recolhidos em várias bibliotecas, nacionais e estrangeiras, relacionados com a História da Covilhã e das suas instituições e com alguns dos filhos da sua terra, bem como referentes à indústria dos lanifícios. Contamos, também, apresentar uma relação dos membros da comunidade judaica, naturais ou moradores no antigo termo da Covilhã, que sofreram os horrores da Inquisição, com elementos que permitem estabelecer os diversos laços de parentesco entre eles. Não olvidaremos diversas monografias da Covilhã que, embora publicadas na década de cinquenta por este investigador, estão pouco divulgadas."
     
   As Publicações do Blogue:
Estatística baseada na lista dos sentenciados na Inquisição publicada neste blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-lista-dos-sentenciados-na.html           

2 comentários:

  1. Não se pode deixar perder na poeira do esquecimento, tão importante figura da Cultura Nacional e covilhanense de muito mérito, de um tempo em que nos orgulhávamos da nossa ascendencia. As suas polémicas sobre as origens familiares de Pedro Álvares Cabral, relembram-me outras polemicas
    de muitos ocorridas na Covilhã, culturalmente inolvidáveis, por exemplo, entre os drs. A. Taborda e Crespo de Carvalho, ou Vitorino Bonina e A.
    Paulouro. A Câmara Municipal, creio, deverá fazer "alguma coisa"...

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  2. Agradecemos o seu comentário, embora saibamos que o nosso pai e sogro nunca se preocupou com louvores, ou seja, "nunca andou a correr atrás de foguetes".

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