Mais dados biográficos de Rui Faleiro – Desde 26 de Julho de 1527, dia em que Eva Afonso, a viver em Sevilha, apresenta uma petição a Simão Rebelo, juiz ordinário na Covilhã (II Parte)
Devido à repetição dos depoimentos retirámos alguns, embora a extensão dos testemunhos nos tenha levado a interromper e a terminar só hoje a publicação deste “instrumento de fé e certidão”.(1)
Cova da Beira em 2011
Fotografia de Miguel Nuno Peixoto Carvalho Dias
Pero Pacheco, escudeiro da casa de El Rei, morador na dita vila de Covilhã, testemunha nomeada neste auto, ao que ele dito Juiz logo deu juramento dos santos avangelhos e perguntado pelo costume e cousas que lhe pertencem disse ele testemunha que era casado com uma prima da dita Eva Afonso e do costume al não disse. Z. Perguntado ele testemunha pelo primeiro artigo da dita petição que lhe foi lido disse que era verdade que ela dita Eva Afonso é filha de Afonso Alvares Cavaleiro que foi uma das principais pessoas desta vila e a dita Eva Afonso mulher de muito bom recado e conversação e fama e por tal é tida e havida e do artigo mais não disse. Z. Perguntada ele testemunha pelo oitavo artigo da dita petição que lhe foi lido disse ele testemunha que haveria quatro ou cinco meses que se a dita Eva Afonso foi de Portugal para o dito seu marido a Castela e que lhe fora o dito seu marido entregue, segundo ele testemunha ouviu dizer e vira per cartas, e fora o dito Rui Faleiro entregue à dita sua mulher per mandado e autoridade de Juiz da Igreja e que era verdade que haverá um ano, pouco mais ou menos, que ele testemunha fora em Sevilha e fora ver o dito Rui Faleiro onde estava e mais ele Francisco Faleiro, seu irmão, que da sua mão o tinha fechado em uma câmara e não o queria mostrar e que ele lhe rogara com pessoas honradas que lho mostrasse e não se podendo …. disso lho mostrara e o achara metido em uma câmara em a qual câmara não havia cama nem cousa alguma em que dormisse nem repousasse e estava despido, sòmente tinha uma camisa muito grossa como camisa de negro ou escravo, a qual era rota e atada pelo pescoço, com muitos pedaços de ourelo vermelhos e sem barrete e com uns chinelos nos pés que parecia que foram de botas, sem outro calçado algum e que ele testemunha com um dom António e outra pessoa estiveram assentados em uma cadeira e falando com ele e ele Rui Faleiro dava rezão de tudo o que lhe preguntavam sòmente tornava lhe logo aos …. e estava muito mal tratado e muito sujo e que um criado do dito Francisco Faleiro lhe dissera que mudando-se o dito Francisco Faleiro de uma casa para outra, ele o trouxera em cima de uma mula, muito assocegado, e lhe dissera que uma casa por onde passavam vivia um fuão e que era verdade e que o dito moço lhe levava de comer e estava com ele na dita casa mui assocegado, entanto que lhe disse que era o mais sisudo homem de toda Castela e que ele testemunha sabe que o dito Francisco Faleiro recebe as rendas do dito seu irmão que serão cinquenta mil maravedis de tença e doze mil com o hábito de S. Tiago e que ministrava a dita fazenda e fazia dela o que queria emquanto a dita Eva Afonso estivera mal tratada em Portugal e quanto à tença do hábito de S. Tiago não sabe se a recebe se não e que o dito Francisco Faleiro gastava bem todo em boas mulas e roupas de seda que lhes ele testemunha viu por estar estante no dito Reino de Castela com a a Emperatriz e do dito artigo mais não disse. Z.Do segundo e terceiro, quarto, quinto , sexto, sétimo artigos que lhe foram lidos disse a todos eles nichil. Cristovão de Proença tabaliam que esto escreví.
Maria Martins, mulher viúva, mulher que foi de Pero Martins, morador na dita vila, à qual o dito Juiz deu juramento dos santos avangelhos e perguntada pelo costume e cousas que lhe pertencem disse ela testemunha nichil. Z. Perguntada ela testemunha pelo primeiro artigo da petição que lhe foi lido e declarado disse ela testemunha que era verdade que a dita Eva Afonso era filha de Afonso Alvares Cavaleiro que era uma das honradas pessoas da vila e a dita Eva Afonso é pessoa muito honrada e sisuda e honesta e de boa condição e virtuosa e de boa fama e para em geral governar sua casa e outras muitas de muita fazenda e para dar muito boa conta do que lhe for encarregado, tambem como qualquer outra pessoa que o bem saiba fazer e nesta posse é tida e havida e comunmente reputada por pessoa honesta e honrada e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado pelo seguinte artigo que lhe foi lido disse que era verdade que sendo ela Eva Afonso casada com o dito Rui Faleiro, comendador, estante que ora é na cidade de Sevilha como ora de feito o é, ao tempo de seu casamento Afonso Alvares pagou ao dito Rui Faleiro, por vezes, em ouro, prata, dinheiro e outra fazenda bem sessenta ou setenta mil reis e alem disto o dito Afonso Alvares manteve ao dito Rui Faleiro muito tempo em Salamanca e em Sena e tem recebido o dito dote que lhe prometeu sem lhe ficar devendo cousa alguma e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado pelo terceiro artigo da dita petição disse que era verdade que sendo casados o dito Rui Faleiro e Eva Afonso, no tempo que o dito Rui Faleiro esteve neste Reino, foi sempre muito honrado, tido e havido e querido dela sua mulher e lhe ministrou sua casa e fazenda e pessoa do dito seu marido, sendo pessoa de muito bom recado, estando ambos de uma porta para dentro como marido e mulher que são e o dito seu marido se foi para Castela, não sabendo por que rezão e do dito artigo mais não disse. Z. perguntada ela testemunha pelo quarto artigo da dita petição que lhe foi lido disse que era verdade que sendo o dito Rui Faleiro em Castela ela dita Eva Afonso, sua molher, se foi de Portugal com seu pai que a levou para onde estava o dito seu marido, levando de Portugal muita roupa e enxoval que eram quatro azêmolas carregadas de roupa e vestidos dela e do dito Rui Faleiro, seu marido, e todo levou para ela e o dito Afonso Alvares, pai dela Eva Afonso, se tornou e deixou a dita sua filha com o dito seu marido com todo o que levava e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntada ela testemunha pelo quinto artigo da pitição disse que era verdade que no tempo conteúdo no artigo a dita Eva Afonso, sendo mal disposta, se viera de Castela para Portugal, com o dito Afonso Alvares seu pai, que a trouxe doente e esto era por autoridade e consentimento do dito seu marido e que dizem que viera com ela fora uma jornada e viera com o dito seu pai para sua casa onde esteve muito honradamente e do dito artigo mais não disse, sòmente que quando assim viera a dita Eva Afonso não troxera nada do que levara sòmente em cima de uma besta com seus vestidos acostumados e o mais ficou ao dito Rui Faleiro todo e do artigo mais não disse. Z. Perguntada pelo sétimo artigo que lhe foi lido disse ela testemunha que era verdade que sendo caso que o dito Rui Faleiro estivesse enfermo, em poder dela Eva Afonso que ele estaria muito bem servido e curado de sua enfermidade e muito melhor e com mais cuidado e deligência que se estivesse em poder de outra qualquer pessoa e esto por ele ser seu marido e pelo amor que lhe ela tem e lhe é obrigada a ter, sendo eles casados, e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntada pelo sexto e oitavo artigos da dita petição que lhe foram lidos disse a eles nichil. Cristovão de Proença tabaliam que o escrevi.
E depois desto aos dezassete dias do dito mes de Agosto do dito ano de mil e quinhentos e vinte sete anos, na dita vila de Covilhã, nas casas da morada do dito Simão Rebelo, Juiz, por parte da dita Eva Afonso, foram apresentadas a ele Juiz as testemunhas seguintes as quais ele logo comigo tabaliam, na forma seguinte. Cristovão de Proença que o escreví.
Francisco Afonso, morador na dita vila de Covilhã, testemunha chegada por parte da dita Eva Afonso, ao qual ele dito Juiz deu juramento dos santos avangelhos […]
Gaspar Pires, paneiro, morador na dita vila, testemunha da supricante ao qual o dito Juiz deu juramento dos santos avangelhos […]
José Pinheiro, mercador, morador na dita vila, testemunha da dita supricante, ao qual o dito Juiz deu juramento dos santos avangelhos e perguntado pelo costume e cousas que lhe pertencem disse nichil. Z.. Perguntado ele testemunha pelo segundo artigo da dita petição que lhe foi lido a que sòmente foi chegado disse ele testemunha que era verdade que ele testemunha vira ao dito Rui Faleiro com o dito Afonso Alvares, em Portugal, estar à conta, sobre o dote de casamento que lhe prometera que eram cousa de sessenta ou setenta mil reis e que da conta que fizeram assim ambos ficou o dito Rui Faleiro contente e pago do que lhe fora prometido e que lhe queria logo dar quitação e que da conta que fizeram o dito Afonso Alvares não ficou devendo nada ao dito Rui Faleiro do dito casamento, e que isto vira assim ele dito testemunha e que o dito Rui Faleiro gastou todo este casamento por hi àlem e que àlem de todo, o dito Afonso Alvares gastava com o dito seu genro Rui Faleiro parte de sua fazenda, em o manter em muitas partes, e do dito artigo mais não disse nem foi a mais chegado e eu Cristovaão de Proença tabaliam que o escrevi.
E depois desto aos dezanove dias do dito mes de Agosto do dito ano de mil e quinhentos e vinte sete, sendo na dita vila de Covilhã, nas casas de morada de Manuel Pinheiro, mercador, comigo tabaliam per o dito Simão Rebelo, juiz, foram perguntadas as testemunhas seguintes que se apresentaram por parte da dita Eva Afonso supricante e o dito Juiz as preguntou comigo tabaliam pela maneira seguinte e eu Cristovão de Proença tabaliam que o escrevi.
Manuel Pinheiro, mercador, morador na dita vila, testemunha ao qual o dito juiz deu juramento dos santos avangelhos e perguntado pelo costume e cousas que lhe pertencem disse nichil. Z. Perguntado ele testemunha pelo segundo artigo da dita petição que lhe foi lido disse ele testemunha que era verdade que o dito Rui Faleiro é casado com a dita Eva Afonso per palavras de presente e que Afonso Alvares Cavaleiro, pai da dita Eva Afonso, prometera em casamento ao dito Rui Faleiro, com a dita sua filha, cem mil reis, segundo ouvira ele testemunha dizer ao dito Rui Faleiro, em o qual tempo o dito Rui Faleiro não era graduado e o mandou a Salamanca, dando-lhe vestidos e todo o necessário, e sabe ele testemunha que Lionel Pinheiro, seu irmão dele testemunha, deu ao dito Rui Faleiro, por mandado do dito Afonso Alvares, seu sogro, per três ou quatro vezes lhe deu dinheiro assim para livros como para sua despeza e graus que tomou, e sabe ele testemunha que, depos de vir o dito Rui Faleiro de Salamanca, este vira o dito Rui Faleiro à conta à conta (sic) com o dito Afonso Alvares, seu sogro, perante ele testemunha, e lhe levar em conta todo o dinheiro que lhe o dito Lionel Pinheiro tinha dado por seu mandado, em a qual conta se montava, segundo ele testemunha era acordado, que seriam sessenta ou setenta mil reis e esto com o que lhe o dito Afonso Alvares tinha mandado a casa de dom nuno onde ele Rui Faleiro estava, quando estava em Portugal, e que depois dele Rui Faleiro tomae a sua casa, o dito Rui Faleiro comia e gastava à custa do dito Afonso Alvares, estando em casa dele Afonso Alvares e que ele testemunha se afirme pela conta em que ficaram que ele dito Rui Faleiro tinha recebido os ditos sessenta ou setenta mil reis afora o que mais com ele gastou e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado ele testemunha pelo terceiro artigo da petição que lhe foi lido disse ele testemunha que ele sabe que sendo ele Rui Faleiro casado com a dita Eva Afonso e estando em Portugal estavam ambos de uma porta adentro como marido e mulher e a dita sua mulher lhe ministrava sua casa e fazenda como pessoa de muito bom recado e do artigo mais não disse. Z. Perguntado pelo quarto artigo da dita petição que lhe tudo foi lido disse ele testemunha que sabe que estando o dito Rui Faleiro em Sevilha lhe mandou o Imperador levar sua mulher para Castela, onde estava, para o qual o dito Rui Faleiro lhe mandou um alvará do Imperador que ele testemunha vira em poder de Afonso Alvares, seu sogro, em que mandava a todos os alcaides e aduaneiros que deixassam livremente passar por seus reinos e senhorios à dita Eva Afonso, com qualquer fato que levassem e que assim o dito Rui Faleiro escrevera ao dito Afonso Alvares que pois lhe tanto relevava que em toda maneira levasse sua mulher a Sevilha o qual Afonso Alvares, per a dita carta, partira desta vila com sua filha, levando consigo quatro ou cinco azêmolas com fato e ele testemunha fora com eles até os pôr em Castela, a qual despeza z fato todo era à custa do dito Afonso Alvares e dai levara a dita sua filha a Castela, onde a deixara, e se viera sem trazer fato e do artigo al não disse. Z. Perguntado ele dita testemunha pelo quinto artigo da petição que lhe todo foi lido disse ele testemunha que sabe que a dita Eva Afonso estava muito doente em Sevilha, com a boca toda abrazada e os beiços inchados e sabe que o dito Afonso Alvares, seu pai, fora a Sevilha por ela e que ouvira dizer que quando a trouxeram ser por consentimento do di to seu marido que viera com eles uma jornada, dandolhe para elo seu consentimento e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado pelo sexto artigo que lhe foi lido disse ele testemunha que sabia que a dita Eva Afonso se fora para Sevilha para o dito seu marido haverá cinco ou seis meses e ouvira-o dizer que o di to seu marido lhe fora entregue e o tinha em seu poder, que o achara muito maltratado e despido e do artigo mais não disse. Z. Perguntado ele testemunha pelo sétimo artigo da petição que lhe foi lido disse que sendo caso que o dito Rui Faleiro estivesse em poder da dita Eva Afonso, sua mulher, que seria mais curado e servido e honrado que em poder de nenhuma outra pessoa por ser sua mulher e polo amor que lhe tem e é obrigada a ter e do artigo mais não disse. Z. Perguntada ela testemunha pelo oitavo artigo da petição disse que sabe que depois que se a dita Eva Afonso veio de Castela ouvira dizer que o dito Rui Faleiro ficara em poder de Francisco Faleiro, seu irmão, que o não tratava bem nem como devia e lhe recolhia suas rendas e lhas comia trazendo casa, mulas, cavalos e moços, tudo à custa da dita renda do dito seu irmão e do dito artigo mais não disse. Z. Do primeiro artigo que lhe foi lido disse nichil. Cristovão de Proença tabaliam que isto escrevi.
António Lopez, mercador, morador na dita vila ao qual o dito Juiz deu juramento dos santos avangelhos […]
E depois desto, aos trinta dias do mês de Agosto do dito ano de mil e quinhentos e vinta sete anos, na dita vila de Covilhã, junto com a igreja de S. João de Montencollo, estando aí Alvaro de Madrill, escudeiro da casa de El Rei nosso Senhor, vereador na dita vila e juiz nela pela ordenação, perante ele juiz e por parte da dita Eva Afonso supricante foi apresentada a testemunha seguinte para ser perguntada pelo conteúdo em a dita petição a qual o dito juiz logo preguntou comigo tabaliam, na maneira e forma seguinte e eu Cristovão de Proença tabaliam que isto escrevi.
Heitor Pinheiro, mercador, morador na dita vila, ao qual logo o dito juiz deu juramento dos santos avangelhos e perguntado pelo costume e cousas que lhe pertencem disse ele dita testemunha nichil. Z. Perguntado pelo primeiro artigo da petição que lhe todo foi lido disse ele testemunha que era verdade que a dita Eva Afonso é filha de Afonso Alvares Cavaleiro que era uma das principais pessoas desta vila e ela Eva Afonso muito boa mulher e virtuosa e de boa fama e conversação e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado ele testemunha pelo segundo artigo da dita petição que lhe foi lido disse ele testemunha que sempre ouvira dizer e sabe que o dito Afonso Alvares prometera ao dito Rui Faleiro com a dita Eva Afonso, sua filha, …. casamento e que o dito casamento era pago todo ao dito Rui Faleiro e lho pagara o dito Afonso Alvares em dinheiro de contado e ouro, prata e outras cousas e sabe que estiveram ambos à conta e que o dito Rui Faleiro fora pago de todo e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado ele dito testemunha pelo quarto artigo da dita petição que lhe todo foi lido e decrarado disse ele testemunha que a dita Eva Afonso se fora desta vila com o dito Afonso Alvares, seu pai, que a levou a Sevilha onde o dito Rui Faleiro seu marido estava, com quatro azêmolas carregadas de fato e enxoval e que lá ficou a dita Eva Afonso e o fato e que o dito Afonso Alvares, seu pai, se veio sem trazer alguma cousa do dito fato e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado pelo quinto artigo da dita petição que lhe foi lido disse ele testemunha que no tempo do artigo a dita Eva Afonso veio com o dito seu pai que a trouxe de Sevilha onde o dito seu marido estava, muito doente e mal disposta para casa de seu pai onde estivera até agora que se tornara e que ouviu dizer que viera per autoridade do dito seu marido que para ello lhe deu seu consentimanto e viera por seu ….. e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado ele testemunha pelo sexto artigo da dita petição que lhe foi lido disse ele testemunha que era verdade que haverá cinco ou seis meses que a dita Eva Afonso se foi de Portugal para Sevilha onde o dito seu marido estava, que ouviu dizer que o dito seu marido lhe fora entregue pelo juiz da igreja e que o achou muito maltratado e sem nenhum fato do que lhe ela deixou quando de lá veio e que ela Eva Afonso o remedeou de todo o necessário; e que quando a dita Eva Afonso viera da outra vez de Sevilha que ele sabe certo que viera por licença do dito seu marido e que não trouxera nada do que levou sòmente uma besta em que vinha com seus vestidos acostumados e que lhe disseram que viera por licença do dito seu marido que viera com eles uma jornada e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado pelo sétimo artigo da petição disse ele testemunha que era verdade que estando o dito Rui Faleiro em poder da dita Eva Afonso, sua mulher, que seria melhor curado e emendado e servido que em poder de nenhuma outra pessoa e isto por ser sua mulher e por o amor e rezão que tem e com ele deve ter e do dito artigo mais não disse. Z. Perguntado ele testemunha pelo oitavo artigo da dita petição que lhe foi lido disse ele testemunha que era verdade que indo ele testemunha com outros para Medina passou por Cidade Rodrigo e que foram à fortaleza da dita cidade e que achara em ela Rui Faleiro e que lhe falara e que Rui Faleiro lhe perguntara por Afonso Alvares, seu sogro, e por sua mulher e que ele testemunha lhe dissera que estavam de saúde e que o dito Rui Faleiro estava sem nada na cabeça e descalço e sem camisa e muito maltratado e do artigo mais não disse. Z. Do terceiro artigo per que foi perguntado disse a ele nichil. Cristovão de Proença tabaliam que o escrevi.
E tirada assim como dito é a dita imquirição de testemunhas por parte da dita Eva Afonso requerente foi requerido ao dito Simão Rebelo juiz que com o dito das ditas testemunhas lhe mandasse passar o dito instrumento que pedia, como dito tinha, e o dito juiz mandou que lhe fosse dado o teor de todos os autos o qual é este que vai trasladado do própio que em poder de mim tabaliam fica e vai traslado e escrito todo em verdade e vai em dezoito folhas de papel, sem antrelinha nem borradura ou cousa que dúvida faça e vai outrossim assinado per o dito Simão Rebelo juiz que a dita imquirição tirou sòmente uma testemunha que Alvaro de Madrill, sendo juiz, tirou comigo tabaliam e por todo assim como dito é passar em verdade eu Cristovão de Proença tabaliam público e judicial na dita vila de Covilhã e todos seus termos por El Rei nosso senhor que este instrumento fiz e escrevi e concertei per mandado do dito Simão Rebelo juiz e com o bacharel António Mendes e Alvaro Mendes, testemunhas que a todo foram testemunhas (sic) e aqui de meu publico e acostumado sinal assinei que tal é. ---
Simão Rebello
Sinal público
. … mento usso no própio e trelado
e conta do contador jbcxbj rs.
… de todo Liij ª rrs.
Concertado comigo Alvº mendes tabaliam
Allvº.mendez
Concertado comigo antonjo mendes
Nota dos editores – 1) No seguimento deste processo iremos ainda publicar dois documentos que comprovam que em 1530 parece estar concluído o processo, continuando Francisco Faleiro curador do irmão, Rui Faleiro.
Este documento foi recolhido por Luiz Fernando Carvalho Dias.
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2012/04/covilha-rui-faleiro-x.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2012/03/covilha-rui-faleiro-ix.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2012/02/covilha-rui-faleiro-viii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2012/01/covilha-rui-faleiro-vii.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2012/01/covilha-rui-faleiro-vi.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/12/covilha-rui-faleiro-v.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-rui-faleiro-iv.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-rui-faleiro-iii.html
Este documento foi recolhido por Luiz Fernando Carvalho Dias.
As Publicações do Blogue:
Estatística baseada na lista dos sentenciados na Inquisição publicada neste blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-lista-dos-sentenciados-na.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-lista-dos-sentenciados-na.html
As Publicações sobre Rui Faleiro no blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2012/05/covilha-rui-faleiro-xi.html
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/09/covilha-rui-faleiro-i.html
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