Começamos hoje a apresentar os documentos
encontrados no espólio de Luiz Fernando Carvalho Dias sobre a alcaidaria da Covilhã.
Procuramos seguir uma ordem cronológica.
A Cova da Beira Fotografia de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias |
1 - Ermígio Pais
“ Notum sit quod Ego pretor ermigius pelagii Nos alcaldes et concilium Couiliane uidimus litteras domini regis sancij quod misit nobis petere hereditatem cum suis terminis pro suo filio donno egidio sancij et pro pelagio pelagij quod habeant ambo ipsam per medium et nos dedimus eis illam sicut dominus rex mandauit ut populent et crient et laborent et cognoscantur pro termino couiliane. Era Mª CCª Xª VIIJª Messe Januarij”
2 - Estevão Anes
“Alfonsus dei gratia Rex Port. et Comes Bolonie Vobis Pretori et Judicibus de Couelliana salutem [...] Et mando quod Prior et Conuentus Sancti Georgii teneant inde istam meam cartam Apertam in testimonium. Dat. Apud Colimbriam iijº Kalendas Marcii Rege mandante per Rodericum petri super indicem. Rodericus petri fecit Era Mª. CCª. LXª. vjª”
Alfredo Pimenta refere que nesta data o alcaide da Covilhã era Estevão Anes, baseado em documento do P. M. H. que existe no espólio de Carvalho Dias e que passamos a transcrever da página 777:
“Et similiter dixit quod homines de Stephano Johannis, pretore Covilliane, de Gravios de Susaos, habent et possident similiter regalengos de Lagos et dant Regi rationem de Pane”
Carta porque o
dito senhor mandou entregar o seu castello de covjlhãa a alvaro vaasquez de
castelbrãco seu vasallo que lhe del fez menagem e etc. em lixboa xiij dias de
junho de mjl iij c R v anos. (Deve ser no Ano de 1345; era de 1383)
(À margem - Estaa per eixtemso no original)
4 - Castello de covjlhãa
Carta per que o dicto senhor fez mercee alvaro gil do
seu castello de covjlhãa e lhe fez delle menagem ao primeiro dia de março
de mil iiij c e v años. (Ano de 1367).
(À margem - Esta per extemso no original nas fls 97)
5 - Dom ffernando pela graça de deus Rey de portugal e do Algarve A vos gil
perez da guarda Alcaide do nosso castelo de covjlhãa ou aa qual que por nos
tever o dicto castello saude mãdamos vos que logo vista esta carta sem outra
delonga entregedes esse castello a vasco bispo morador em covjlhãa nosso
porteiro portador desta carta de gissa que el o posa entergar em salvo e sem
outro embargo a diogo goncalvez de taavares nosso vassalo que nos ato (?) por ele fez menagê e vos entregando lho nos vos quitamos A menagê que nos
por el teedes ffecta unde Al nõ ffaçades dãte ê Almada a xvij dias de junho
El Rej o mãdou Vasco afonso o fez Era de mjl iiij c xxj Anos. (Ano de 1383).
6 - Dom ffernando polla graça de deus Rey de portugal e do algarve A vos diago goncalvez de tavares alcaide
do noso castello de covjlhãa ou a qualquer que por nos tever o dicto
castello saude mãdamos vos que entregedes logo esse castello A lourenço
Vaasquez nosso porteiro e portador desta carta que de guisa que el o posa
entregar em salvo E ssê outro êbargo Afomso gomez da silva nosso vassallo
que nos ato (? ) por elle fez menagem E
vos entregãdo lho nos vos quitamos A
menagem que nos por ell teendes ffecta unde Al nõ façades dãte em lixboa xiiij
dias de Setembro El Rej o mãdou A fernam anes A fez Era de mjl e iiij
c e xxj Anos . (ano de 1383)
7 - Na
chancelaria de D. João I: “Carta por que o dito senhor deu em tença a Afonso Gomes da Silva,
alcaide da Covilhãa com o dito castelo a pensão dos tabeliães e os foros e os
direitos dos judeus da dita vila e a outras rendas...”
8 - Na Chancelaria de D. João I: “Carta
per que o dito senhor fez doação enquanto fosse sua mercê a Martim Lourenço
d’Almeida alcaide do Castelo de Covilhãa, do seu souto d’Alcambar com os
moinhos que em ele estam...”
9 - Dom
Afonso etc. A quantos esta nossa carta virem fazemos saber que nos tínhamos
feita por nossa carta mercê a Nuno Vaz, filho de Martim Vaz de Castelo
Branco da quinta da Aldeia Nova das Donas por razão de se perder para a
Coroa de nossos reinos por enalheamentos que nela fizera Gonçalo Pereira sogro
do dito Martim Vaz a qual mercê ora é vaga por falecimento do dito Nuno Vaz E
ora querendo nós fazer graça e mercê a Dona Beatriz, filha do dito Martim
Vaz de Castelo Branco e irmã do dito Nuno Vaz apraz-nos fazermos-lhe mercê como
de facto lhe fazemos de qualquer direito que na dita quinta tenhamos por bem
dos ditos enalheamentos que nela fez o dito Gonçalo Pereira achando-se que a
dita quinta é da Coroa dos nossos reinos e nos pertenceu ou possa pertencer por
qualquer modo e maneira que seja porque todo direito que nela temos lhe fazemos
dele mercê como é dito E por sua guarda lhe mandamos dar esta nossa carta por
nós assinada e selada do nosso selo pendente dada em Coimbra aos 26 dias do mês
de Agosto Fernão de Espanha a fez ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1472.
10 - Brazão d’Armas dos Cabraes,
Castelo Brancos, Ribeiros e Vasconcellos – Lixª 10 d’Outº 1590
(À
margem:tudo isto consta de uma carta feita em Almeirim a 12 de Março de 1568
nesta intercalada)
Pedido
por Manoel Godinho Cabral de Castel Branco morador em Lisboa, filho legº de
Antonio Godinho Cabral que foi dos 24 da Camara d’El Rei D. Manuel e de D. João
III e de Ana Fea de Castelo Branco Ribeira – n.p. de fernão pires Cabral e de
Briolanja Godinho d’Oliveira – b.p. de pero vaz cabral prot. notario da Sé
apost.ca e prebendado da Sé de Lixª, etc. e do Dr. João frz Godinho, Cºr da
Corte, etc. n.m. de Antº Mendes Ribeiro e de lianor fea de Castelo Branco, e
bisneto de Vasco paes de castelo branco; e trisneto de Vasco paes de castelo
branco; e quarto neto de Vasco paes de castelo branco; e quinto neto de Izabel
Vasquez de Castelo Branco, e sexto neto de martim vasquez de Castelo
Branco que foi monteiro mor destes reinos e alcaide das vilas de Covilhã
e de Moura.
Notas dos editores – Continuamos a actualizar a lista dos alcaides. A última actualização foi feita em 13 de Novembro de 2013.
8) Publicamos esta parte do documento, porque nele se faz referência a Martim Vasquez (ou Vaz) de Castelo Branco, alcaide da Covilhã.
8) Publicamos esta parte do documento, porque nele se faz referência a Martim Vasquez (ou Vaz) de Castelo Branco, alcaide da Covilhã.
Fontes – 1) Torre do Tombo, Gavetas 15, maço II, doc. Nº 50, In “Subsídios para a História Regional da Beira-Baixa”, volume II, edição da Junta de Província da Beira-Baixa, 1950
2) Torre do Tombo, Colecção Especial, Caixa 29, doc. Nº 24, In “Subsídios para a História Regional da Beira-Baixa”, volume II, edição da Junta de Província da Beira-Baixa, 1950; e
“Portugaliae Monumenta Historica” a saeculo octavo post Christum usque ad quintumdecimum Insue Academiae Scientarum Oliponensis edito Olisipone ex Typographia Nationalis MDCCCCXVII
“Portugaliae Monumenta Historica” a saeculo octavo post Christum usque ad quintumdecimum Insue Academiae Scientarum Oliponensis edito Olisipone ex Typographia Nationalis MDCCCCXVII
3) ANTT - Chancelaria de
D. Pedro I, Livº 1º, fls 1 vº
4) ANTT - Chancelaria de D.
Fernando, Livº 1º, fls 18 vº
5) e 6) ANTT - Chancelaria de D.
Fernando, Livº 3, fls 69 vº
7) e 8) ANTT - Chancelaria de D. João I.
9) ANTT – Chancelaria de D.
Afonso V – liv. 29, fls 145 vº
10) Privilégios de Filipe I,
Livro 4, fls 49 e segts
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Saudações!
ResponderEliminarPertenço a família Landim e estou a procura de informações sobre as origens da família Landim. Segundo informações coletadas:
¨O mais antigo Landim que se conhece chamava-se “Estevão Anes de Landim”, que era donatário das terras de Candeias e Mecansos, em Santa Maria de Oliveira, por carta de D. Fernando, em 1373. Seu filho “João de Landim”, foi vassalo de D. João I, casou-se com Da. Maria de Vasconcelos, que era filha de Men de Oliveira com Da. Joana Garcia. Este João de Landim, que deu origem a todos os outros Landins que se conhece, foi sepultado à porta da Igreja de Santiago de Estremoz.¨
Encontrei aqui neste BLOG informações sobre Estevão Anes, que foi Alcaide-mor da Covilhã 2. Será que esse Estevão é o mesmo Estevão Anes de Landim, mencionado acima? Gostaria muito resolver essas dúvidas ou coletar mais informações sobre ele.
O que sabemos deste Estêvão Anes colocámo-lo no nosso blogue. De qualquer maneira, como poderá verificar, Estêvão Anes (alcaide da Covilhã) viveu no século XIII, portanto muito antes do seu familiar.
EliminarCumprimentos